Moradores e comerciantes do Pinheiro realizam manifestação por bloqueio de R$ 6,7 bilhões

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2019/04/manifestantes.jpegMoradores e comerciantes do Pinheiro realizam manifestação por bloqueio de R$ 6,7 bilhões

Um protesto reuniu moradores e comerciantes do bairro Pinheiro, em Maceió, na manhã desta quinta-feira (25) na Praça Centenário. Eles chamam a atenção da sociedade para a situação em que vivem há mais de um ano e pedem para que o Judiciário alagoano reavalie o bloqueio de R$ 6,7 bilhões da Braskem, que garantiria futuras indenizações para as famílias que tiveram de deixar suas casas.

O pedido do bloqueio foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPE) e pela Defensoria Pública, mas foi inicialmente negado pela Justiça. Foi determinado apenas o bloqueio de R$ 100 milhões e em outra decisão ficou proibida a divisão de R$ 2 bilhões de lucros entre os acionistas da empresa.

Outra reivindicação dos moradores é a entrega do laudo que identifique as causas do afundamento do solo e das rachaduras dos imóveis, que foram condenados pela Defesa Civil. “Queremos que seja emitido um laudo transparente e científico”, afirma o presidente da Associação dos Empreendedores do Pinheiro, Alexandre Sampaio.

Alguns representantes dos moradores acreditam que o laudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) pode ter um cunho político e exigem a isenção do documento.

Os manifestantes se vestiram de preto e carregaram cartazes onde apontavam suas reivindicações. Eles chamavam a atenção dos motoristas quando os semáforos estavam fechados. Um carro de som auxiliou no protesto e muitos moradores e comerciantes usavam apitos para protestar.

A manifestação deve seguir até o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) no Centro da cidade onde será apresentado um abaixo-assinado formulado pela organização SOS Pinheiro. Foram coletadas mais de 2 mil assinaturas com intuito de pressionar os juízes e desembargadores sobre o bloqueio do dinheiro da Braskem. Os moradores afirmam que a empresa teve um lucro de R$ 5 bilhões e ainda contratou um dos maiores escritórios de advocacia do Brasil para contestar a responsabilidade sobre os danos causados nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, onde a empresa explora salgema.

Os moradores e comerciantes do Pinheiro reclamam também do que eles consideram a omissão do poder público. O Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar para manter a ordem durante a manifestação.

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Redação

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