Assembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 22, uma sessão especial com o tema Entendendo os desafios do autismo

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2019/04/sessão-especial-da-assembléia-lesgislativa-editada.jpgAssembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 22, uma sessão especial  com o tema Entendendo os desafios do autismo

A Assembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 22, uma sessão especial com o tema “Entendendo os desafios do autismo, a importância do tratamento e inclusão social”. Proposta pelo deputado Léo Loureiro (PP), a sessão contou com a participação de especialistas e representantes de entidades que trabalham em prol da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a exemplo da Apae, Pestalozzi e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), além de pais e familiares de pessoas com autismo. Os principais pontos debatidos durante a plenária foram: a falta de um censo demográfico sobre a pessoa com TEA em Alagoas, e também a questão do diagnóstico precoce e da inclusão social com qualidade.

De acordo com o deputado Léo Loureiro o objetivo da sessão especial é fazer com as leis sejam transferidas do papel e que sejam efetivamente cumpridas. “Vamos cobrar a execução dessas leis. Que essas leis possam sair do papel e dar aquela pessoa com autismo e sua família uma melhor qualidade de vida, com inclusão no mercado de trabalho e atendimento digno”, disse o parlamentar, acrescentando que tramita na Casa um projeto de lei de sua autoria que dispõe o censo, inclusão e cadastro inclusão – identificação do perfil socioeconômico das pessoas com deficiência no Estado de Alagoas. “Justamente para que, ainda este ano, junto com o Governo do Estado, possamos iniciar esse censo. Porque só podemos saber como trabalhar, quando conhecermos essa realidade”, completou Loureiro.

De acordo com a neuropsicologa e coordenadora do Centro Unificado de Integração e Desenvolvimento do Autista (Cuida) da Apae, Fabiana Lisboa, a estimativa é de que existam pelo menos duas mil pessoas com TEA, em Alagoas. Daí a importância de se discutir o tema. “É importante a gente discutir não só sobre o que é o autismo, mas também sobre a falta de profissionais que façam um diagnóstico de qualidade, precocemente; falta também entendimento com relação a inclusão social, inclusão escolar e saber o censo demográfico dessas pessoas é muito importante”, disse a neuropsicologa. “Até para que possamos subsidiar as políticas públicas para essa população. Por isso, que uma audiência como a de hoje é extremamente importante para entendermos e buscar mais conhecimento sobre o autismo e de tirar aquelas leis que estão no papel”, reforçou Fabiana Lisboa, acrescentando que alguns dados apontam um crescimento da população de pessoas com TEA, nos últimos anos.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Jesonias da Silva contou que tem realizado vários trabalhos no sentido de incluir as patologias que não tem tido atenção especial, principalmente no Plano Estadual de Saúde, destacando a importância da discussão tendo em vista que este ano serão realizadas a Conferência Estadual de Saúde e a Conferência Nacional de Saúde. “Então é importante que se debata as peculiaridades dessa patologia e tentar, se possível, incluir aquilo que eles entendem como importante para essa patologia como proposta para a Conferência Estadual de Saúde”, declarou Silva.

A sessão especial contou com a participação das deputadas Ângela Garrote (PP), Jó Pereira (MDB) e Fátima Canuto (PRTB) e do deputado Sílvio Camelo (PV). Todos se colocaram à disposição para contribuir com os encaminhamentos a serem adotados após os debates e também dos pais e cuidadores das pessoas com autismo. A deputada Ângela Garrote trouxe dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontando a existência de cerca de 70 milhões de pessoas com autismo em todo mundo, desses, aproximadamente dois milhões, estão no Brasil. A deputada Jó Pereira observou que a falta de dados sobre o TEA atrapalha a execução de políticas públicas para essa população. “Estamos constatando a necessidade do fortalecimento da atenção básica da saúde. Precisamos provocar os governos Estadual e Federal para que aumentem os recursos destinados à atenção básica”, opinou a parlamentar.

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Ascom ALE

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