Para reforçar o combate à violência contra as mulheres e a prevenção de feminicídios em Alagoas, a Polícia Civil criou uma força-tarefa para agilizar a apuração de crimes desta natureza. O objetivo é que os autores sejam presos nas primeiras 24 horas após as ocorrências. Para isso, a integração entre as forças policiais será intensificada e passa a ser monitorada diária e diretamente pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, os delegados responsáveis por essas investigações, em qualquer cidade alagoana, poderão solicitar apoio de grupos operacionais especiais da PC, como a Asfixia e o Tigre (Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais). A determinação já foi repassada aos quatro diretores de área da Polícia Civil, que darão suporte imediato às delegacias da PC nos municípios.
Dessa forma, a força-tarefa da PC vai dar ainda mais celeridade às investigações de crimes de violência e ameaça contra a mulher. “Estamos intensificando o trabalho para reduzir os ataques à mulher e acabar com a impunidade”, afirmou Paulo Cerqueira.
Segundo determinação do secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, a Polícia Militar prestará maior suporte à Polícia Civil nas investigações de crimes com características de feminicídio e de outros atos violentos contra mulheres. “Esse trabalho integrado inclui ações preventivas para evitar que a mulher vire alvo. Temos que proteger as mulheres que estão em situação vulnerável e evitar o pior. O homicídio, um dos piores crimes que se pode cometer, já é prioridade na Segurança Pública de Alagoas, e o feminicídio passa a ter ainda mais prioridade”, afirma o secretário.
Segurança Pública vai monitorar diariamente o trabalho integrado das polícias (Márcio Ferreira e Ascom PC/AL)
Patrulha Maria da Penha evita feminicídios
As ações integradas das polícias alagoanas visam tanto à identificação e prisão dos autores, quanto à prevenção da violência à mulher. A Patrulha Maria da Penha, batalhão da Polícia Militar que há um ano garante a segurança de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, atualmente acompanha 109 mulheres.
Diariamente, os militares realizam visitas para fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas determinadas pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e encaminhadas à Patrulha. As medidas protetivas obrigam os agressores a não se aproximarem das vítimas.
Segundo o secretário Lima Júnior, além da patrulha, a PM trabalha na elaboração de novas estratégias para coibir esses crimes.
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Agência Alagoas