Por tradição, os governadores de Alagoas sempre tiveram apoio majoritário os três senadores e nove deputados da bancada federal do Estado.
No primeiro governo, Renan Filho seguiu a regra. Até o primeiro semestre do ano passado, tinha na sua base dois senadores e cinco deputados federais – além de dois federais alinhados ao governo que atuavam como “independentes”.
A oposição mesmo a Renan Filho ficou por conta do senador Benedito de Lira e dos deputados Arthur Lira e JHC.
Na nova bancada que assume a partir do próximo dia primeiro, a base de apoio do governador será menor.
Ele terá o apoio de apenas um senador e dos cinco deputados federais eleitos na sua coligação. Dois senadores e dois deputados devem fazer oposição. Mas a boa notícia é que ao menos dois deputados federais eleitos pela coligação de oposição – Severino Pessoa e Tereza Nelma – estão na linha de independência e abertos ao diálogo com o Palácio dos Palmares.
Por enquanto só houve iniciativa de conversas do governador com os deputados de sua base. Se vai continuar assim? O mais provável, no atual cenário, é que o governo alagoano precise ampliar sua interlocução com o governo de Jair Bolsonaro.
E bancada federal de Alagoas, embora seja uma das menores, que é sem dúvidas uma das mais influentes no Congresso Nacional poderá ajudar muito o governo do estado, prefeituras e outras instituições públicas e privadas a “abrir as portas” em Brasília.
Não custa lembrar: são apenas três senadores e nove deputados federais, mas o suficiente para ter nesse exato momento nomes com influência para disputar com chances de vitória a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado ao mesmo tempo.
—
Blog do Edivaldo Junior