Frigoríficos de AL sofrem com abate clandestino; 40% da produção de carne são resultado de práticas ilegais

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A concorrência desleal do abate clandestino com os frigoríficos que possuem Selo de Inspeção Estadual (SIE) está preocupando toda a cadeia produtiva da carne em Alagoas. Cerca de 40% do abate de animais no estado são resultado de práticas ilegais, que oferecem baixo custo no serviço, mas são realizados de forma precária, com riscos de contaminação da carne.

Em Arapiraca, o diretor Executivo da FrigoVale Alagoas, Jaelson Gomes, explica que para manter a indústria funcionando dentro das normas da legislação ambiental e trabalhista o custo é alto e quase impraticável diante da realidade dos abates clandestinos.

“Nós temos a responsabilidade de entregar ao fornecedor e ao consumidor uma carne limpa, com as garantias que nosso parque industrial pode assegurar. Hoje recebemos animais que possuem um preço médio que passa dos R$ 3 mil e estamos garantindo todo o tratamento industrial para que essa carne chegue ao comerciante e ao consumidor de forma segura”, afirma Gomes.

Mensalmente, o frigorífico abate cerca de 3,5 mil bois. Para tentar inibir a ação clandestina de abate na região, foi implantado em novembro de 2017 descontos para os marchantes. A FrigoVale operava seguindo o acordo realizado entre a Prefeitura de Arapiraca e os marchantes da região, reduzindo o valor tabelado de abate em quase 35%. “Essa era uma forma de ação contra o abate clandestino e de entendimento com a comunidade. Porém, é desleal a concorrência com esses locais impróprios. Precisamos manter nossa operação e não conseguimos sustentar mais os descontos concedidos”, ressalta o diretor.

Jaelson explica que, a partir do dia 3 de julho, a FrigoVale passa a operar com o valor de tabela acordado no Contrato de Concessão de 2014, firmado com a Prefeitura de Arapiraca. “Devido a grande quantidade de locais irregulares, estamos sofrendo para manter nossa operação. Dessa forma, a saída é retomar os valores da tabela, readequados à realidade do mercado. A tabela de abate da empresa terá, ainda, um reajuste de IGPM, que não foi realizado nos últimos três anos, que chega a R$ 5,50”, esclarece.

Os valores tabelados, já com reajuste do IGPM, passam a vigorar a partir de julho, sendo: abate bovino R$ 94,02; abete suíno R$ 42,30 (animais de Arapiraca) e R$ 63,70 (animais fora de Arapiraca); e abate ovino/caprino R$ 28,20 (animais de Arapiraca) e R$ 37,17 (animais fora de Arapiraca).

Bccom Assessoria

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