Maior desafio de candidatos em AL será levar eleitor até a urna este ano

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A eleição mais do que fora de hora para governador no Estado do Tocantins, realizada em primeiro turno no último dia 3 de junho, vem sendo usada por muitos analistas como “termômetro” do humor do eleitor brasileiro.

Entre nulos, brancos e abstenções, quase metade dos eleitores não votou nas eleições daquele Estado – segundo voz corrente.

Mas de fato, brancos, nulos e abstenções somaram “apenas” 43,54% dos votos no 1º turno da eleição suplementar para governador do Tocantins.

Não é um resultado muito diferente do que se viu em Alagoas nas eleições de 2014. Naquela eleição, no voto para governador, o índice de abstenções e votos nulos e brancos somou 39,48%, correspondendo a 710.062 pessoas de um total de 1.995.727 eleitores cadastrados no Estado.

Nestas eleições, a soma de nulos, brancos e abstenções tende a ser bem maior. O eleitorado do estado cresceu, passando de mais de 2,1 milhões de eleitores. Repetido o  cenário de 2014, teríamos mais de 800 mil votos perdidos.

Mas existe um agravante. Também cresceu visivelmente, assim como o número de eleitores, o desencanto dos alagoanos pela política e pelos políticos.

Em pesquisa divulgada no final de dezembro do ano passado, o Ibrape mostrou que mais de 22% dos alagoanos pretendem votar nulo ou branco. Somadas as abstenções que normalmente ficam próximo aos 20% nas eleições de Alagoas, teremos – se não houver mudança do humor do eleitor – o “efeito Tocantins” nas urnas de Alagoas.

Convencer o eleitor a ir para urna será um grande desafio. Maior ainda será a missão de buscar o voto válido para todos os candidatos.

O empresário Ricardo Santa Ritta Filho colocou o nome à disposição do MDB de Alagoas – pode disputar uma vaga proporcional ou não nas próximas eleições – tem conversado com eleitores e candidatos por toda Alagoas.

“Hoje o sentimento de parte do eleitorado é de desconfiança, de revolta. Será preciso num primeiro momento um esforço maior do governador, prefeitos e de todos os candidatos para levar o eleitor até a urna. Um número maior ou menor de votos válidos vai depender da mensagem que os candidatos conseguirem fazer chegar até o cidadão”, afirma Ricardo.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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