
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, negou nesta sexta-feira que privatizará a Petrobras e o Banco do Brasil caso vença a eleição em outubro e defendeu a criação de um movimento de centro para a disputa pelo Palácio do Planalto.
Em palestra a sindicalistas promovida pela central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT) em um hotel na região central de São Paulo, o tucano defendeu privatizações, disse que o Estado não é um bom empresário, mas deixou o BB e a Petrobras fora da lista de estatais que passariam às mãos do setor provado em um eventual governo seu.
“Sou contra Estado empresário. O Estado é um péssimo empresário”, defendeu Alckmin aos sindicalistas, quando indagado sobre privatizações. Ele lembrou da campanha presidencial de 2006, quando foi derrotado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi acusado pelo petista de privatista. De acordo com o tucano, Lula mentiu à época.
“Eu ia, como vou, privatizar. Mas não o Banco do Brasil e a Petrobras”, garantiu.
Alckmin defendeu a existência de bancos estatais, ao mesmo tempo que criticou a alta concentração no setor bancário e apontou a necessidade de aumentar a concorrência.
“Precisamos trazer mais bancos”, afirmou, apontando, por exemplo, o incentivo às startups financeiras, as chamadas fintechs.
O tucano voltou a afirmar que, se eleito, vai alterar a taxa de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que passará a ser reajustado pela Taxa de Longo Prazo (TLP), e reiterou que sua equipe trabalha em um plano para dobrar a renda dos brasileiros em um tempo ainda a ser determinado.
“Estamos fechando os números para estabelecer uma meta para em x anos dobrar a renda. Quem ganha 2 mil, 4 mil. Quem ganha 4 mil, 8 mil”, disse.
“O que precisa ser feito para a gente dobrar a renda do trabalhador? Abertura comercial, quanto nós temos que fazer de abertura comercial, qual a meta para poder dobrar a renda do trabalhador? Educação básica… Questão fiscal, no menor tempo possível gerar o déficit primário… Ganhos de produtividade, macros e microeconômicos, todos com meta para a gente poder atingir.”
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Reuters