Rui Palmeira provocou “tsunami” na oposição, diz especialista

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2018/04/marcelo-bastos2.jpgRui Palmeira provocou “tsunami” na oposição, diz especialista

Nada que não tenha sido dito antes, mas precisa sim ser melhor analisado. Na Bahia, a desistência do prefeito de Salvador, ACM Neto, em disputar o governo teve reações bem mais fortes do que o gesto de Rui Palmeira por aqui.

Os dois viveram dramas parecidos: deixar a prefeitura da capital para disputar o governo contra um candidato que vai à reeleição e está bem avaliado. A diferença é que ACM Neto tem aprovação melhor do que a de Rui Palmeira. Mas, em ambos os casos, o “estrago” na oposição foi grande.

No caso de Alagoas, a avaliação do professor Marcelo Bastos, especialista em eleições de Alagoas – com livros já publicados sobre o tema – é que a desistência de Rui Palmeira pode ser traduzida como um “tsunami” na oposição.

Os estragos ainda são vistos hoje: o grupo de “oposição” tem dificuldades para formar um palanque majoritário. Mas à medida que o tempo vai passando e a poeira vai baixando, as expectativas se renovam.

Apesar dos estragos profundos, Bastos disse em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas, publicada na edição do último final de semana (21 e 22) que uma candidatura do PSDB ao governo ainda é viável.

Após a desistência de Rui Palmeira, avalia Bastos, se imaginava que o governador Renan Filho seria reeleito por WO. Não é bem assim. Ele avalia que um nome se Rodrigo Cunha seria competitivo: “Não seria uma aventura de forma alguma. Dizer que ele ganha, aí seria uma especulação diante de um governador que há quatro anos faz campanha para a reeleição”.

Marcelo acredita até seu nome seria melhor que de Palmeira: “Eu digo sem medo de errar que ele poderia ser até mais forte que Rui Palmeira, porque o Rui Palmeira tem o desgaste da gestão como prefeito de Maceió. E não tenha dúvida que o governador atual ia usar a administração sonolenta, devagar do prefeito como forma de querer comparar a gestão dele com o prefeito”.

A “base de comparação”, acredita Marcelo, não poderia ser usada caso Rodrigo Cunha seja candidato ao governo, “porque o Rodrigo não é o prefeito de Maceió, não tem desgaste nenhum”, pondera.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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