O deputado federal Marx Beltrão (MDB) deixou o Ministério do Turismo nessa sexta-feira, 6, para disputar as eleições de outubro. Sim, ele será candidato a senador. “Ou serei candidato ao Senado ou não serei candidato a nada”, disse por telefone.
Indicado pela bancada do MDB para o cargo de ministro, numa operação que contou com o apoio do senador Renan Calheiros (MDB), Marx Beltrão não confirmou sua filiação ao PSD. “É uma possibilidade. Estou conversando com o ministro Gilberto Kassab (presidente nacional do PSD) e vou tomar essa decisão até amanhã (sábado, 7, último prazo para troca de partido).
A mudança de partido, se confirmada, faz parte da estratégia de Marx Beltrão para garantir a disputa ao Senado – mesmo que seja “correndo por fora”, em uma coligação que teria chapas de deputado estadual, deputado federal e senador.
Marx Beltrão reafirma a aliança com o governador Renan Filho (MDB) e com o senador Renan Calheiros (MDB). “Meu compromisso compromisso está mantido. Faço política para somar. Eu também não vejo nenhum problema na entrada do deputado Maurício Quintella no grupo. Alagoas precisa de boas opções, de bons nomes”, pondera. A escolha, reforça Marx Beltrão, será do eleitor.
O ex-ministro descarta a possibilidade de disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados e avisa que o candidato da família ao cargo é seu irmão: “o Maykon Beltrão é candidato a deputado federal. Estamos trabalhando juntos para fazer uma chapa capaz de eleger até três federais. Teremos nomes fortes”, aponta.
Maykon está filiado ao PSD, partido que é controlado politicamente por Marx Beltrão em Alagoas, assim como Solidariedade e o PRB. Pelo PRB quem sairá para federal é o deputado estadual Severino Pessoa, que se filiou ao partido essa semana.
Na base
O grupo do governador Renan Filho conta, atualmente, com pelo menos 16 partidos – incluindo os três que são controlados pro Marx Beltrão. A chapa majoritária, da coligação principal, em função do “gesto” do PR, deve ficar assim: Renan Filho, governador, Luciano Barbosa ou Fábio Farias, vice-governador; Renan Calheiros e Maurício Quintella, Senado.
Uma coligação “informal” dentro do grupo pode ser realizada para contemplar outros pré-candidatos ao Senado. Este seria o caminho construído por Marx Beltrão, segundo versões de bastidores.
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