O ‘campeonato eleitoral’ está prestes a entrar numa nova fase em Alagoas. Após o dia 7, quando termina o prazo de filiações partidárias, o ‘jogo’ começa pra valer. A avaliação é de um dos mais experientes políticos alagoanos: “até agora estamos nas preliminares. O primeiro tempo desta disputa vai até as convenções. A partir de julho, teremos a etapa decisiva”, aponta João Caldas.
Pré-candidato ao Senado pelo PSB, Caldas avalia novos movimentos no “tabuleiro de xadrez” da política alagoana ainda estão por vir. “Eu só lamento que a maioria dos políticos do nosso estado só pensem em si e não em Alagoas”, desabafa.
A queixa, neste caso, tem endereço certo: “esse grupo (que apoiava a candidatura de Rui Palmeira ao governo) que se diz de oposição só está pensando num jeito de salvar a própria pele”.
Caldas diz ainda que o “grupo” não tem projetos: “não é o que se vê em Alagoas. Primeiro, se viu a defecção de Quintella (Maurício). Esse grupo está acomodado na prefeitura (de Maceió) com interesse de espaço. Mostra que não existia grupo, nem pensamento político. Quando Rui Palmeira deixou de ser candidato eles deveriam se aglutinar e dizer quem vai ser candidato”, pondera.
Para Caldas, está em curso hoje em setores da política o que ele chama de operação Denorex: “parece mas não é, quer mas não quer. O que vemos é o jogo de estratégia para salvar o mandato de Arthur (Lira), o Biu (Benedito de Lira) e o Pedro Vilela. Não está se fazendo uma equação política, do tipo vamos enfrentar porque temos propostas, um projeto para Alagoas. É projeto pessoal e um balaio de gato. Esse rompimento começou lá atrás com os Pereira, que foram para dentro do palácio”, aponta.
Em meio ao ‘salve-se quem puder’, segundo João Caldas, os que se propõe a enfrentar não tem apoio: “O JHC, o rodrigo (Cunha), o Alfredo (Gaspar) não tem apoio. Quem propõe a fazer projeto politico eles não apoiam. É projeto pessoal, olhando pro umbigo”, desabafa.
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