O destino do PSDB de Alagoas está nas mãos, hoje, de seu presidente estadual. Até outubro quem apitava por lá era o ex-governador Teotonio Vilela Filho, que já foi inclusive presidente nacional do partido.
Téo Vilela decidiu “entregar” o PSDB para Rui Palmeira, que era à época pré-candidato ao governo. O comando do partido, segundo o ex-governador, era fundamental que para o prefeito de Maceió “conduzisse” o processo.
Até o último dia 12 de março, quando Rui Palmeira anunciou que não vai disputar o governo, as principais lideranças do PSDB estavam unificadas num mesmo projeto. De lá para cá, a história é outra.
Fora do comando da legenda em Alagoas, Téo Vilela parece que não é mais ouvido no PSDB. Tanto que o sobrinho dele, o deputado federal Pedro Vilela (PSDB-AL), que já foi presidente estadual do partido, pode deixar o ninho tucano a qualquer momento.
Se mudar, não será por falta de convites. Pedro já foi convidado, até o momento, por pelo menos 5 partidos – incluindo o PR do ministro Maurício Quintella, que acaba de desembarcar no grupo de Renan Filho.
O que pode levar Pedro sair do PSDB? Tudo vai depender da “condução” do partido. Com o novo cenário político – após o “não sou candidato” de Rui Palmeira – o deputado está em busca de uma coligação que viabilize sua reeleição.
Ele tem deixado claro que não tem interesses em formar chapa com o PP do deputado federal Arthur Lira. Além disso, já sabe que será bem recebido no grupo do governador Renan Filho, onde provavelmente terá apoio na sua campanha.
O prazo é curto. A janela partidária será fechada no dia 7 de abril, mas qualquer filiação deve ser feita, para ter toda segurança jurídica, pelo menos até o dia 3 ou 4 do próximo mês.
Até lá, Vilela tem dito aos seus amigos mais próximos que vai esperar para ver qual a estratégia, qual o caminho a ser seguido.
Dependendo do que for decidido, o deputado pode continuar ou não no partido. Situação semelhante a de outros quadros importantes do partido, a exemplo dos deputados Gilvan Barros Filho e Val Gaia.
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