Arrendamento da Guaxuma pode sair nos próximos dias e garantir 2 mil empregos

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2017/12/12707_ext_arquivo.jpgArrendamento da Guaxuma pode sair nos próximos dias e garantir 2 mil empregos

Considerada uma das mais modernas usinas do Nordeste, a Guaxuma, localizada em Coruripe, continua fora de combate. Integrante da massa falida da Laginha Agroindustrial SA, a indústria parou de moer há cinco anos, causando problemas sociais e econômicos em toda a região sul de Alagoas.

Com capacidade de moagem da ordem de 1,8 milhão de toneladas por safra, uma área de mais de 12 mil hectares de terras produtivas, a Guaxuma poderia ter retomado a produção a partir desta safra. Não voltou, ao que se sabe, porque a Justiça (Comarca de Coruripe) ainda não homologou nenhuma das propostas de arrendamento apresentadas até agora – algumas delas apresentadas há mais de um ano.

A homologação, no entanto, deve sair nos próximos dias – finalmente. Pelo menos é o que tem sinalizado, para interessados, os juízes responsáveis pelo processo de falência (José Eduardo Nobre, Carlos Leandro de Castro Folly e Marcella Waleska Costa Pontes de Mendonça).

Interessados em produzir na Guaxuma é que não faltam. Klécio Santos (presidente da Cooperativa Pindorama), Alfredo Raildo (presidente da Cooplansul) e Edgar Filho (presidente da Asplana) se reuniram, nessa última sexta-feira, 1,com o administrador judicial da massa falida da Laginha Agroindustrial, os representantes da Lindoso e Araújo Consultoria Empresarial Ltda e os juízes do processo.

Pindorama, Cooplansul e Asplana apresentaram proposta para arrendamento da Usina Guaxuma, que pertence à massa falida. Os representantes das instituições foram ao encontro dos magistrados para explicar a proposta, que prevê a produção e a industrialização de 10,5 mil hectares de cana, com garantias de distribuição de renda e inclusão social.

A proposta apresentada pelo consórcio, segundo os seus idealizadores, tem capacidade de gerar de 1,5 mil a 2 mil empregos diretos num primeiro momento. A geração de empregos deve crescer depois que a moagem for retomada na usina, o que deverá acontecer após o plantio de cana nas terras da indústria.

A expectativa é que saia uma decisão sobre o arrendamento ainda este mês. “Esperamos que os magistrados e o administrador judicial aceitem a nossa proposta, que é hoje a melhor para a região sul de Alagoas. É uma proposta que prevê uma maior capilaridade na distribuição de renda, contemplando de fornecedores de cana a sem terra”, aponta Edgar Filho.

Klécio também está confiante: “temos um projeto que garante inclusão social e produtiva e beneficia toda Alagoas. Vamos levar para a Guaxuma um modelo de inclusão social e produtiva, já testado e aprovado, que poderá trazer ganhos não só para o produtor, mas para toda a sociedade”.


Edivaldo Júnior

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Redação

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