Abaixo do valor de mercado e sob questionamento, duas usinas do Grupo JL vão à leilão

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2017/11/ScreenHunter_104-Nov.-24-09.30.jpghttp://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2017/11/ScreenHunter_104-Nov.-24-09.30.jpgAbaixo do valor de mercado e sob questionamento, duas usinas do Grupo JL vão à leilão

Duas das cinco unidades industriais da massa falida da Laginha Agroindustrial SA estão à venda na internet, num portal de leilões judiciais.

A venda das usinas, localizadas em Minas Gerais, pode render até R$ 429 milhões. O valor a ser revertido para o pagamento de dívidas – que somam cerca de R$ 2 bilhões, incluindo débitos trabalhistas – poderia ser maior, avaliam especialistas. Isso porque o valor de avaliação das usinas, de 2013, é considerado defasado e a Justiça de Alagoas (Comarca de Coruripe) não fez nova avaliação, apesar dos pedidos apresentados por diferentes credores.

De acordo com publicação da Superbid Leilões Judiciais (www.canaljudicial.com.br), são dois lotes. No lote 1, a usina Triacool, localizada em Canapólis, MG, é ofertada por valor mínimo de R$ 223 milhões. Além da indústria, o negócio também inclui a venda de 24 fazendas, totalizando uma área de mais 6 mil hectares. No lote 2, a usina Vale do Paranaíba, localizada em Capinópolis, MG, é ofertada por valor mínimo de R$ 206 milhões. Além da indústria, o negócio também inclui a venda de 17 fazendas, totalizando uma área de mais 3 mil hectares.

O processo de venda das usinas foi iniciado em abril de 2016 e é alvo de questionamento, incluindo a escolha da Superbid. A empresa LEJE (Leilão Judicial Eletrônico), gestor de leilões online, qualificada no processo de falência da Laginha, apresentou pedido à Justiça de Alagoas, “considerando que até presente momento o respectivo edital de leilão e laudo de avaliação que o embasou foram se quer homologados, seja cancelado o leilão já designado”. A empresa também pede que sejam homologados seus leiloeiros para a venda dos ativos.

Segundo advogados de credores, o leilão conduzido pela Superbid, que segue aberto para lances até o dia 30 de novembro deste ano, “da forma como conduzida, sem ter sido a avaliação sequer homologada e sem atender ao prazo legal de anterioridade de publicação, provoca uma imensa fratura na estrutura do procedimento que, por não ser capaz de se sustentar juridicamente diante da inobservância do procedimento legal, afasta interessados e afeta a liquidez do negócio pela insegurança, trazendo um imenso prejuízo aos credores”.

Segundo o advogado, a empresa contratada “Superbid”, apresentou solicitação para fosse feita a homologação do laudo de avaliação até o dia 09/11/17. “No entanto não foi realizado. Isso pode vir a causar nulidades processuais e impedir o andamento do processo”, aponta.

Edivaldo Júnior

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate