O deputado federal Arthur Lira alinhou o discurso com o Palácio do Planalto. O líder do PP e um dos líderes do Centrão teve uma longa conversa com o presidente Michel Temer nessa quarta-feira, 8 sobre a necessidade do governo promover o que ele chama de “rearrumação” da base aliada na Câmara dos Deputados.
“O presidente entendeu que para votar as reformas é necessário fazer logo os ajustes. Não dá para esperar mais. Acredito que essas mudanças devem acontecer até a próxima semana”, afirma o deputado.
As declarações do líder do PP saíram após uma conversa pessoal que ele teve com o presidente. Nesse encontro, Lira revela o que conversou com Michel Temer e as impressões do presidente.
“O presidente sabe que ele precisa rearrumar casa para volta do congresso e da Câmara Federal na próxima semana. Falei com ele três assuntos. Tem que resolver a articulação politica. O Imbassahy (Antônio, ministro da Articulação Política) é o cara errado no lugar errado. Precisa resolver o PSDB. Eu não digo que saia não. Ao contrário. Tem que ter uma conversa clara com os 20 deputados que votaram com ele e rearrumar”, aponta.
Arthur detalhe a opinião sobre o PSDB: “não pode ter os quatro ministérios, mas não se pode abandonar os deputados que estão com ele (Temer). Acredito que deve resolver o PSDB e rearrumar a base de acordo com a representação da proporcional. Escolha o critério que quiser, mas tem que rearrumar de acordo com o critério da proporcionalidade e da estrutura que os partidos ocupam enquanto partidos de coalizão”.
Por fim, o terceiro ponto: “Se o presidente pensa em votar alguma coisa, mínima ou máxima precisa mudar toda a comunicação do governo, para tenha tempo de explicar a população o que quer mudar e porque mudar. Se cumprir esse ritual tem chance de alguma coisa, senão…”
Um capítulo alagoano
Na conversa, por telefone, Arthur Lira repetiu que “nem de longe o PP está preocupado com o ministro do turismo, nem com Marx Beltrão. Muito pelo contrário. O que a gente quer é rearrumar a base para que o presidente possa votar o que realmente importa para o desenvolvimento e crescimento do país. Agora cada partido vai dizer o que quer ficar e o que quer manter. Não posso dizer o que PMDB ou qualquer outro partido vai manter”, resume.
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Edivaldo Júnior
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