“Sem leite, não dá”: prefeitos se mobilizam para evitar fim do programa em AL

“Sem leite, não dá”: prefeitos se mobilizam para evitar fim do programa em AL

Em tempo de vacas magras na economia, os mais carentes batem primeiro na porta das prefeituras. Quanto menor e mais pobre o município, maior é a pressão social.

Por essas e outras, o prefeito de Jaramataia não quer nem ouvir falar da possibilidade do programa do leite acabar em Alagoas: “no nosso município o leite ajuda as famílias carentes, de um lado e, do outro, ajuda a garantir a renda de dezenas e dezenas de agricultores familiares que fornecem para o programa”, aponta.

Jeferson Barreto reclama contra os cortes do programa do leite em Alagoas, que afetaram diretamente o município: “a diminuição prejudica diretamente as famílias carentes, sem contar na economia do estado e do município. Antes era 80 mil litros por dia, agora é 40 mil, isso prejudica demais os produtores”, pondera.

Mobilizando os prefeitos

Barreto adianta que conversou com o Hugo Wanderley (presidente da AMA) para mobilizar os prefeitos, conversar com o governador e pressionar o governo federal. “O programa do leite não pode acabar. Se acabar será um desastre para Alagoas e principalmente para nossa região da bacia leiteira”, aponta. Jeferson adianta que a mobilização dos prefeitos será definida na próxima em reunião na AMA.

Amenizando a crise

Vice-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Chico Tenório tem acompanhado de perto a crise no programa do leite em Alagoas. A situação só não está pior, explica, porque o governador Renan Filho antecipou as contrapartidas do estado para o pagamento dos produtores.

“Até agora o governo federal não liberou nenhum centavo este ano, enquanto o governo do estado já liberou mais de R$ 7 milhões. Eu conversei com o governador e com o secretário de Agricultura e eles me garantiram que o estado vai antecipar ainda esta semana mais R$ 2,5 milhões para evitar que o programa pare. Essa, no entanto, é a última parcela do estado. Vamos ter que pressionar o governo federal para que também cumpra sua parte”, pondera.

Para Chico, a bancada federal de Alagoas tem força para resolver o problema do programa do leite. “É uma bancada forte, com dois ministros e que agora poderá ter um terceiro ministério”, aponta.

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Edivaldo Júnior

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Redação

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