OAB vai ao STF pedir que Maia analise com urgência impeachment de Temer

OAB vai ao STF pedir que Maia analise com urgência impeachment de Temer

Com reclamação sobre “atraso injustificado”, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou nesta quinta-feira (17) com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analise um pedido de impeachment do presidente Michel Temer apresentado pela entidade.O afastamento dele foi solicitado à Casa em maio, dias após o início do escândalo da JBS. Para a instituição, o presidente cometeu crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo.

No mandado de segurança protocolado no Supremo, o presidente do conselho nacional da OAB, Claudio Lamachia, requer que Maia seja acionado para fazer andar no Legislativo a análise sobre o afastamento de Temer.

Pelas regras da Câmara, o presidente deve verificar se o pedido de impeachment atende aos requisitos e encaminhá-lo para uma comissão, que decide se ele terá seguimento.A denúncia da OAB se baseia em “provas amplamente divulgadas pela mídia”, além de usar as delações dos irmãos Batista como fundamento. E solicita que Joesley e Wesley sejam chamados como testemunhas no processo.

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O presidente da Câmara, que é aliado de Temer no Congresso, deve tomar uma atitude sobre a solicitação, “seja para seu recebimento e processamento, seja para sua rejeição liminar”, diz a OAB.

“Não o é outorgada [a Maia] a faculdade legal de nada fazer, sob pena de mitigar a independência do parlamento e impossibilitar a investigação acerca de ilegalidades perpetradas pelo chefe do Poder Executivo quando este detiver o apoio do presidente da Câmara dos Deputados”, diz o documento enviado ao Supremo.

Nele, Lamachia cobra que a Câmara desengavete o pedido feito pela OAB há mais de 80 dias e diz que “o atraso injustificado” na análise da denúncia “resta em flagrante prejuízo à sociedade”.

Ao “deliberadamente retardar” a avaliação do pedido, afirma a entidade, Maia “incorre em omissão caracterizadora de desvio de finalidade”.

Não está previsto em lei um prazo para que seja feita a análise de pedidos do tipo, mas a Ordem considera que a falta de providências “representa ato ilegal e omissivo e, ao final, revela grave violação aos preceitos constitucionais”.Maia ainda não se manifestou sobre o assunto.

No início do mês, a Câmara rejeitou a autorização para que o STF analisasse a aceitação da denúncia de corrupção passiva contra o presidente formulada pela Procuradoria-Geral da República. Com informações da Folhapress.

Notícias ao Minuto

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Redação

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