Após “esvaziar” PSDB, Renan Filho começa a “minar” base de apoio a Rui Palmeira

Após “esvaziar” PSDB, Renan Filho começa a “minar” base de apoio a Rui Palmeira

Foram longas semanas sem novidades na política alagoana. O tempo da calmaria, no entanto, parece ter acabado. Os ventos voltaram a soprar mais fortes – especialmente em direção ao Palácio dos Palmares.

O governador Renan Filho anunciou, através de sua assessoria, mudança na Secretaria de Ciência e Tecnologia. Pelo que se sabe é só o começo de uma nova fase de rearranjos políticos.

Após várias conversas com o governador, o PPS de Alagoas passa a integrar a base de apoio de Renan Filho. Régis Cavalcante será, como já foi confirmado pelo Palácio dos Palmares, o novo secretário de Ciência e Tecnologia e já deve assumir o cargo nos próximos dias.

O secretário Pablo Viana, considerado um dos melhores currículos do governo, deixa a SECTI num momento em que vinha conseguindo uma boa atuação.

A mudança na Pasta, no entanto, poderia acontecer em função de novos arranjos políticos. Renan Filho já avisou que só faria novas mudanças no primeiro escalão do governo se fosse para ampliar a sua base de apoio. Foi o que ocorreu. Movimentos semelhantes podem ocorrer nos próximos dias.

Na fila

Pelo menos dois partidos deve engrossar as fileiras palacianas. O PDT de Ronaldo Lessa e o PT, de Paulão. As conversas com os dois estão, assegura boa fonte, avançadas.

O PDT pode assumir o comando de uma Secretaria (que pode ser a Sedetur) e o PT pode indicar a gestão de três órgãos do segundo escalão. A conferir.

Esvaziando o ninho

Renan Filho se dedicou, até então, a desidratar o “ninho” tucano em Alagoas. Desde o começo do ano, o PSDB perdeu 6 dos 17 prefeitos eleitos em 2016. Todos foram para a base do governo.

Outros prefeitos estão do PSDB e de partidos da “oposição” vem conversando com o governador e podem mudar de legenda ainda este ano.

Agora, ao que parece, o movimento visa esvaziar a base do prefeito Rui Palmeira.

A baixa do PPS, que estava no grupo de Rui Palmeira, é considerável. O grupo do prefeito pode perder ainda o PDT.

Além do PMDB, o governador conta, hoje, no seu grupo com o apoio do PCdoB, PMB, PSD, PRB, PRP, PTB, PSC, PTdoB, PHS, PV e, agora PPS.

RF pode somar ainda PDT e PT, além de manter uma boa relação com partidos como o PRTB, PMN e SD, entre outros.

A continuar assim, num eventual embate contra Rui Palmeira em 2018, o governador teria pelo menos o dobro do tempo de TV e rádio no guia eleitoral – uma diferença considerável numa eleição majoritária.

Edivaldo Júnior

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Redação

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