A crise em Brasília e o “destino” de Temer podem deixar servidor de Alagoas sem reajuste

A crise em Brasília e o “destino” de Temer podem deixar servidor de Alagoas sem reajuste

Renan Filho estava (ou ainda estaria) decidido a anunciar um reajuste para os servidores públicos de Alagoas. Aconselhado por sua equipe econômica, o governador decidiu esperar um pouco mais até tomar a decisão.

O que se especula é a concessão de um reajuste entre 4% e 6% parcelado em duas vezes, a partir de estudos, com números de arrecadação, projeção de receita e despesas, entregues ao governador antes do “vazamento” da delação da JBS, que abalou o governador federal e vem causando danos na economia,

No atual cenário, reconhece o secretário de Planejamento e Gestão, Fabrício Marques Santos, qualquer concessão de reajuste é muito difícil. De acordo com o secretário, a situação já não era fácil tende, agora, a se agravar.

O secretário da Fazenda, George Santoro, também avalia que antes da nova crise o reajuste já representava algum risco para as finanças do estado. Agora a decisão estaria cercada de incertezas. para Santoro, a situação financeira do país já não era boa, pode se complicar ainda mais.

Em meio a esse cenário, o governador vem sendo aconselhado a esperar um pouco mais antes de anunciar o reajuste anual para os servidores. O destino de Michel Temer e a solução da crise, com a volta da estabilidade na área econômica, pode, portanto, garantir o aumento ou deixar o servidor público do estado sem reajuste.

A decisão final, no entanto, explica Fabrício Santos, será de Renan Filho. Não é uma decisão fácil. O secretário da Fazenda reforça que governador quer dar o reajuste ao funcionalismo, mas para isso é preciso avaliar melhor o novo cenário.

George Santoro lembra que o governo terá, este ano, com a realização de novos concursos, principalmente na PM e Bombeiros, um aumento de mais de R$ 54 milhões ano na folha de pessoal, além de ou outros gastos obrigatórios.

Segundo o secretário da Fazenda, o governador vai tomar a decisão com toda a responsabilidade, para não comprometer o trabalho que vem realizando, desde o início da gestão, de reorganização das finanças do Estado.

O reajuste do servidor segue, assim, no campo das incertezas tanto quanto o governo de Michel Temer.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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