Audiência frustrada: Justiça não consegue vender usinas da Laginha

Audiência frustrada: Justiça não consegue vender usinas da Laginha

Não foi apresentada nenhuma proposta. É simples assim. A audiência realizada na Comarca de Coruripe, nesta sexta-feira, 28, para acolhimento de propostas de alienação (venda) das usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, pertencentes a massa falida da Laginha Agroindustrial SA, foi frustrada.

Nenhum interessado apresentou proposta – o que é do ponto de vista do pagamento de credores uma sinalização negativa. Em nova tentativa, as indústrias podem ser vendidas por uma valor menor do que o avaliado (cerca de R$ 440 milhões).

Os magistrados responsáveis pelo processo de falência informam que vão tentar vender as usinas, em outra data e explicaram que para a próxima tentativa de alienação (venda), o procedimento adotado será o leilão. Nos próximos dias, os juízes indicarão o leiloeiro responsável.

A informação é da Comunicação do TJ/AL. Leia:

Audiência para venda de usinas da Laginha em MG termina sem propostas

Juízes responsáveis pelo processo de falência explicaram que a próxima tentativa de alienação será por leilão

Foi concluída sem propostas a audiência marcada para que se manifestassem os interessados em adquirir as usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, localizadas no interior de Minas Gerais e pertencentes à Laginha Agroindustrial. A audiência ocorreu no Fórum de Coruripe (AL), nesta sexta-feira (28).

Os magistrados responsáveis pelo processo de falência da Laginha explicaram que para a próxima tentativa de alienação (venda), o procedimento adotado será o leilão. Nos próximos dias, os juízes indicarão o leiloeiro responsável.

Phillipe Alcântara, Leandro Folly e José Eduardo Nobre são os magistrados responsáveis pelo processo, que tramita na 1ª Vara da Comarca de Coruripe. Participaram da audiência credores, promotores do Ministério Público de Alagoas que atuam no caso e representantes da administração judicial da empresa.

Matéria referente ao processo nº 0000707-30.2008.8.02.0042

Leia aqui na íntegra: http://www.tjal.jus.br/comunicacao2.php?pag=verNoticia¬=11503

Avaliação de mais de R$ 400 milhões

O valor de avaliação das duas unidades levantado em 2014 e validado pela Justiça de Alagoas em 2015 era de cerca de R$ 440 milhões: Usina Triálcool – Valor Global sem Cana R$ 227,7 milhões e Usina Vale de Paranaíba – Valor Global sem Cana R$ 211,2 milhões.

Esses valores estão defasados e podem gerar perdas para a massa falida e, por tabela, para os credores. O Bando do Nordeste, maior credor da massa falida, pediu nova avaliação, que foi negada pelos magistrados.

O valor de avaliação das duas usinas representa apenas cerca de 20% dos débitos da massa falida apurados pela Justiça – cerca de R$ 2 bilhões.

audiencia laginha

Magistrados conversam com envolvidos no processo (Foto: Ascom/TJAL)

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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