Operação da PF na ALE chegou com atraso de mais de 3 anos

Operação da PF na ALE chegou com atraso de mais de 3 anos

A informação está em todos os veículos da mídia local: a Polícia Federal (PF) cumpriu etapa, na manhã desta quinta-feira 30, da Operação Sururugate, numa ação conjunta com a Controladoria Geral da União em Alagoas (CGU/AL) para apurar desvios de até R$ 150 milhões entre 2010 e 2013, feitos através da folha de pagamento do Legislativo.

Nove deputados e um ex-deputado (atualmente conselheiro do Tribunal de Contas) são alvos da investigação de um esquema que desviava dinheiro público através de pagamentos a “servidores fantasmas”. A lista incluía beneficiários do Bolsa Família e até gente morta.

O que há de novo na operação? A julgar pelo que foi dito à imprensa, nada. A investigação chega com uma atraso de pelo menos 3 anos.

O esquema de pagamentos irregulares foi denunciado publicamente em junho de 2013 pelo deputado federal João Henrique Caldas, que era deputado estadual até 2014.

JHC também encaminhou a denúncia para vários órgãos públicos, entre os quais a CGU e o Ministério Público Estadual.

Segundo denúncias da época, transformadas em ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra membros da antiga Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pelo Ministério Público Estadual em dezembro de 2016 ALE, o ex-presidente da ALE, Fernando Ribeiro Toledo, o deputado estadual Marcelo Victor Correia – que está de volta ao mesmo cargo que ocupava no período das denúncias, o de 1o Secretário – e o ex-diretor financeiro da Casa Luciano Suruagy do Amaral Filho foram acusados de efetuar pagamentos desprovidos de qualquer amparo legal a servidores daquele.

De Brasília, o deputado federal JHC disse que não conhece detalhes da operação Srurugate, mas espera que ela aprofunde as investigações: “tive de dificuldades de ter acesso aos documentos e informações, ainda assim denunciamos um esquema que é semelhante ao que foi divulgado agora”, aponta.

Não se sabe se a operação é ou não reflexo das denúncias feitas por JHC. O que se sabe, com certeza, é que esta investigação demorou muito para começar. Desde as denúncias já se vão quase quatro anos.

Vai parar por aí?

Na sessão da ALE desta quinta-feira, 30, o deputado Rodrigo Cunha disse que irá solicitar formalmente que a Controladoria Geral da União (CGU) não pare a investigação em 2013: “Não posso fechar os olhos para o que está acontecendo dentro desta Casa”.

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EJ

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Redação

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