MEC paga R$ 295 mil para vídeos de youtubers sobre a reforma do ensino médio

MEC paga R$ 295 mil para vídeos de youtubers sobre a reforma do ensino médio

Reforma do ensino médio, sancionada pelo presidente Michel Temer nesta semana, foi alvo de uma campanha patrocinada pelo Ministério da Educação (MEC) com youtubers. De acordo com a pasta, foram deslocados R$ 295 mil para bancar vídeos em seis canais no YouTube (Rafael Moreira, Malena, Você Sabia?, Pyong Lee, T3ddy e Rato Borrachudo).

Para informar sobre as mudanças implementadas por meio de uma medida provisória, o governo federal também investiu na publicidade em mídias tradicionais, como televisão e rádio. No caso das redes, o governo defende que elas são um meio adequado para falar com o público afetado pelas mudanças.

A reforma chegou a ser contestada por especialistas e por uma parcela dos estudantes, que ocuparam escolas contra a MP. O protesto chegou a provocar o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 277 mil candidatos.
“As mídias digitais são uma realidade e a campanha institucional do MEC nestes canais é adequada, legal, barata e eficiente para atingir o público-alvo do Ensino Médio”, afirmou a pasta.

No caso dos youtubers, assinantes dos canais chegaram a apontar que as informações foram veiculadas sem o aviso de que se tratavam de posts patrocinados que não revelavam, necessariamente, a opinião dos influenciadores digitais. Em ao menos dois dos vídeos, nos canais Você Sabia e Pyong Lee, os youtubers reforçaram posicionamentos já defendidos pelo MEC e defenderam a importância da reforma.

A pasta informou que os contratos foram centralizados pela agência Digital Stars, e que todos os trâmites se deram dentro do âmbito de licitações de serviços e comunicação já licitados desde a gestão anterior.

“A sociedade precisa entender o teor das mudanças e seus principais pontos. A campanha do novo ensino médio visa estimular o debate convidando a população a se informar sobre a proposta no site do Ministério, que tem diversos conteúdos como opinião, pergunta e resposta, informação”, informou o MEC.

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G1

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Redação

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