Em reunião com bancada federal, Asplana pede volta subvenção da cana para enfrentar a seca

Em reunião com bancada federal, Asplana pede volta subvenção da cana para enfrentar a seca

Preocupados com os prejuízos causados pela seca na região canavieira do Estado, diretores da Asplana participaram esta semana, em Brasília, de uma reunião com deputados federais da bancada alagoana. Na pauta do encontro, os prejuízos caudas pela longa estiagem ao setor canavieiro e o socorro aos fornecedores de cana castigados pela seca prolongada. A proposta é viabilizar uma nova edição do programa de subvenção da cana – que consiste no pagamento aos produtores pela diferença de custos de produção do Nordeste em relação ao Centro Sul do país.

“A retomada da subvenção ajudaria os fornecedores, principalmente os pequenos que são os mais afetados pela seca. Com os recursos eles terão condições de recuperar os canaviais e conseguir manter o sustento de suas famílias”, avalia o presidente da Asplana, Edgar Filho.

Além do presidente Edgar Filho, a reunião em Brasília, realizada quarta-feira, que, contou com ainda com a presença dos diretores da Asplana, Fabiano França e Roberto Inojosa. A bancada federal foi representada pelos deputados Ronaldo Lessa, Cícero Almeida, Rosinha da Adefal, Givaldo Carimbão e Nivaldo Albuquerque.

“Alagoas vive um grande problema em relação à produção da cana. Quando chega aos pequenos o
problema é maior ainda. A Câmara Federal votou em 2015 a lei que garantia subsídio da cana para Alagoas, que foi sancionada pela presidente Dilma, mas que não foi paga pelo presidente Michel Temer em 2016. Há um esforço agora com os diretores da Asplana para que seja feita uma nova lei para que possa garantir o subsídio, senão será um caos para Alagoas”, explica o deputado Givaldo Carimbão, que foi o relator da lei da subvenção em 2015.

Segundo o presidente da Asplana, com a escassez de chuvas, as socarias começam a ser perdidas em vários municípios da região. Com a seca, os produtores rurais também ficam impedidos de fazer os tratos culturais e o replantio do canavial.

Uma nova reunião, desta vez contando também com a presença dos senadores alagoanos, será realizada no próximo dia 15. O objetivo é encontrar alternativas para o enfrentamento da seca. “Os senadores Fernando Collor, Benedito de Lira e Renan Calheiros já confirmaram presença. A participação dos senadores é fundamental para que encontremos uma solução”, reforça o presidente da Asplana.

De acordo com Edgar Filho, nas próximas semanas, serão pleiteadas pelas Asplana audiências com o governador Renan Filho e com o presidente Michel Temer para debater o problema e discutir a execução de medidas emergenciais para amenizar os efeitos da estiagem.

“A bancada alagoana vai levar nosso pleito para o presidente Michel Temer. O dinheiro da subvenção vai socorrer principalmente o pequeno fornecedor de cana, que hoje enfrenta dificuldade até para fazer a feira”, explica.

Quanto é

O valor aprovado e que não foi pago pelo governo federal é de R$ 12 por tonelada de cana no limite de até 10 mil toneladas por produtor. “Mais de 95% dos 7 mil fornecedores de cana produzem até mil toneladas de cana por safra e trabalham em regime de agricultura familiar. O recurso da subvenção, que é na verdade a diferença dos custos de produção do Nordeste em relação ao Centro Sul, vai servir para ajudar o produtor a recuperar os canaviais, que estão quase dizimados pela seca”, explica Edgar.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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