Renan vai assumir liderança do PMDB no Senado

Renan vai assumir liderança do PMDB no Senado

Nem ministério, nem Comissão de Constituição e Justiça. Renan Calheiros deixa a presidência do Senado no próximo dia 1o e deve assumir a liderança do seu partido, o PMDB. Foi o próprio senador alagoano que revelou suas pretensões, durante essa semana, segundo revelações de alguns senadores.

As articulações para que Renan Calheiros assume a liderança do PMDB foram intensificadas nos últimos dias. O atual líder do partido, Eunício Oliveira, que deve assumir a presidência do Senado a partir de 1o de fevereiro, também estaria atuando a favor de Renan.

Reportagem da Folha de São Paulo deste domingo revela que Renan Calheiros está mesmo decidido a assumir a liderança.

Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu anunciar a seu modo, e dentro de sua casa, suas pretensões para os próximos dois anos no Senado: “Se a bancada quiser, serei candidato a líder do PMDB”.

A plateia, que incluía o presidente Michel Temer e outros expoentes do governo, entendeu o recado.

O estilo do parlamentar, que deixa o comando do Senado na quarta (1º), é resumido por um auxiliar de Temer: “Renan vai ser o que ele quiser”. E o que ele quer agrada ao Planalto.

Temer sabe que precisa estar afinado com a Casa –e com a bancada de seu partido, de 20 dos 81 senadores– se quiser aprovar medidas como as reformas da Previdência e trabalhista e a indicação do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), diz a reportagem da Folha.

Na liderança do PMDB, Renan Calheiros deve continuar como protagonista na política nacional. O senador alagoano conhece como poucos o Senado, sabe articular e procura se posicionar onde acredita que terá mais projeção, sem perder poder.

De acordo com a Folha, “até o início da semana, as articulações ainda eram discretas. Mas horas antes do jantar com Temer, Renan resolveu ser assertivo e se reuniu com senadores do PMDB, como Marta Suplicy (SP), Rose de Freitas (ES), Edison Lobão (MA), João Alberto (MA) e Katia Abreu (TO), aliada antiga e uma das principais entusiastas de sua candidatura”.

A Folha reforça: “O movimento assustou o senador Raimundo Lira (PB), que também pleiteia a vaga. A aliados, Lira afirmou ter sido procurado por três senadores que já haviam prometido o voto. O compromisso, no entanto, tinha ganhado condicional: desde que a disputa não fosse com Renan.

A candidatura do presidente do Senado ganhou corpo e seu provável sucessor, Eunício Oliveira (CE), intensificou articulações para contemplar peemedebistas sem disputas. Nesse xadrez, Lira deve ficar com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça”.

Leia aqui a reportagem da Folha, na íntegra: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/01/1853930-prestes-a-deixar-comando-do-senado-renan-agora-mira-lideranca-do-pmdb.shtml

 

 

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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