Asplana e Sindaçúcar-AL estabelecem diálogo em torno de dívidas com plantadores de cana  

Asplana e Sindaçúcar-AL estabelecem diálogo em torno de dívidas com plantadores de cana  

Em reunião nesta quinta-feira, 25, diretores da Asplana e do Sindaçúcar-AL decidiram começar um levantamento, usina por usina, de dívidas das indústrias com fornecedores de cana relativas as safras passadas.

“Na safra atual todas as empresas estão pagando dentro do previsto. Quanto aos ciclos anteriores, acreditamos que é preciso realmente que cada empresa levante os números com seus fornecedores. Atualmente, existem apenas estimativas desatualizadas e genéricas”, aponta Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas.

No encontro, o Sindaçúcar-AL também definiu que as negociações dos débitos será realizada através da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas. Com a atualização dos números, a associação vai negociar o pagamento de todos os produtores.

“Fizemos uma apelo a Edgar Filho e ele concordou em intermediar esse processo, na base do diálogo”, aponta o presidente do Sindaçúcar-AL.

O presidente da Asplana já começou a pedir que os plantadores de cana informem se tem débito, qual o valor e qual a usina devedora.

“A maioria das usinas informa que já iniciou pagamento de safras anteriores. Com esse levantamento, no entanto, vamos nos reunir com diretores das indústrias e estabelecer um cronograma que atenda a todos os fornecedores”, explica.

O presidente da Asplana explica que vem negociando com as usinas o pagamento das dívidas há vários meses. “Priorizamos até agora o pagamento aos pequenos produtores, que dependem do pagamento da cana até para fazer a feira. A partir de agora, a negociação será mais ampla e vai atender todos os fornecedores de cana, incluindo médios e grandes”, aponta.

Apesar do clima de diálogo, Edgar Filho promete uma mobilização permanente: “Como a situação de cada empresa é diferente uma da outra, faremos o levantamento, vamos reunir os fornecedores e definir uma estratégia de pressão por cada usina”, aponta.

Quanto é?

A estimativa da Asplana era de que a dívida das usinas com fornecedores chegava a R$ 250 milhões no final de 2015. Desde então, parte da dívida teria sido liquidada. A atualização dos números, que deve ser feita nas próximas duas semanas, deve apresentar o novo valor  da dívida. Para isso, alerta Edgar Filho, é fundamental que os produtores procurem a Asplana, com sede em Jaraguá e informem seus débitos: “teremos funcionários esperando os plantadores de cana a partir da próxima segunda-feira. Faço aqui um apelo para que todos aqueles que tem algum crédito nas usinas de safras anteriores informem o valor da dívida e a usina. Quanto antes tivermos a informação, mais cedo começaremos a negociação”, adianta.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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