O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, com dados de 2015, apontam que Alagoas foi o estado que mais reduziu proporcionalmente o número de mortes violentas no Brasil.
A queda da violência no estado não parece ser obra do acaso ou de ações preventivas.
A redução do número de homicídios parece ter relação inversamente proporcional com a ação policial mais “efetiva” no estado.
A queda de CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais). foi de -5% em 2014 em relação ao ano anterior e de -17,7% em 2015.
Nesse período, a letalidade policial (morte de pessoas por policiais em serviço ou fora de serviço) saltou de 31 em 2013, para 77 em 2014 e para 97 em 2015.
A letalidade por 100 mil habitantes saltou no mesmo período aumentou de 0,9 para 2,3 e 2,9, respectivamente e é agora a terceira maior do país.
Até 2013 a taxa de letalidade policial (onde a polícia mais mata) por 100 mil habitantes de Alagoas era a 9ª no ranking nacional e saltou para a 3ª posição em 2014 e 2015, atrás apenas de Amapá (5) e Rio de Janeiro (3,9).
O crescimento da letalidade policial entre 2013 e 2015 foi de 222%. Ano a ano, o maior crescimento (148%) se deu, no entanto, em 2014, ainda no governo de Teotonio Vilela Filho. Em 2015, comparado a 2014, o crescimento de letalidade policial, já no governo de Renan Filho foi 26%, número mais proporcional da redução da violência no período.
Seja como for, as mortes em confronto com a polícia seguem em alta e a taxa CLVIs persiste em Alagoas. De acordo com dados da Secretaria de Segurança pública, até setembro deste ano, a média de mortes por dia no esta era de 4,98, maior que a média registrada em 2015 (4,86).
Em outras palavras, o governo terá que reinventar as ferramentas para contenção da violência no estado.