Consumo das famílias de Maceió aumenta em 2% em agosto

Consumo das famílias de Maceió aumenta em 2% em agosto

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) acompanhou as estimativas da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), em Maceió, no mês de agosto, com o aumento do consumo por meio do crédito e com redução significativa da inadimplência. Conforme a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), houve um aumento de 2,13% do consumo no geral. O levantamento aponta para o retorno do consumo em 1,58% que recebem até dez salários mínimos.

O aumento no consumo foi ainda maior, 8,11%, para os consumidores com rendimentos acima de dez salários mínimos. Este é o melhor resultado para o ano. “Deve-se as novas expectativas sinalizadas pelo governo que tem agradado a população e detém esperança de melhoria rápida da economia”, afirmou o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha.

Segundo ele, a redução do aumento generalizado de preços e a inflação estimada para terminar o ano em 7,3%, ou seja, abaixo dos 10,95% de 2015, contribuíram para esse cenário, isto é, o retorno do poder de compra do cidadão. Para o economista, o anúncio do Projeto Crescer, que visa concessões e privatizações e a quebra do monopólio do refinamento do Petróleo cru, deverá trazer uma dinâmica e preços menores praticados pelo mercado em longo prazo.

De acordo com a pesquisa, a conjuntura de expectativas trouxe um aumento de 1,5 p.p. na segurança da população em relação à manutenção de seus empregos. “Notícia interessante, pois quanto maior a segurança do cidadão mais propenso estará para consumir e fazer dívidas de longo prazo”, observou o economista. O levantamento aponta também para a redução de 1,4 p.p. dos entrevistados que estavam desempregados em Maceió.

O aumento da segurança dos consumidores de Maceió, em relação aos seus empregos, reflete na melhora sobre a perspectiva profissional em 3,8 p.p. e uma redução de 0,9 p.p. dos entrevistados que não consideram que irão melhorar seus salários ou emprego nos próximos seis meses. “E como a inflação tem arrefecido, os cidadãos têm melhorado suas perspectivas sobre a renda ou seu poder de compra, o que melhorou a sensação sobre sua renda quando comparado com o ano passado em 1 p.p.”, explicou Felippe.

Como a renda obteve um leve aumento, os consumidores da capital informaram que comparado com o ano passado – agosto de 2015 em relação ao mesmo período de 2016 – estão comprando 0,5 p.p. a mais. Houve também uma redução significativa dos entrevistados que estão comprando menos em 1,4 p.p., que se distribuiu no aumento do consumo ou daqueles que estão comprando a mesma quantidade que no ano passado.

Os consumidores esperam aumentar seu consumo nos últimos seis meses. “É uma boa notícia para o reaquecimento do comércio nesse fim de ano. O aumento esperado é de pelo menos 1,4 p.p.”, afirmou Felippe.

Diante das variáveis positivas, ocorreu por mais um mês consecutivo melhora no consumo de bens duráveis pelos consumidores em 1,5 p.p.. O indicador é considerado ótimo, pois o consumo de bens duráveis envolve toda uma cadeia econômica e produtiva. Desde o setor primário, passando pela indústria (secundário), até o produto final vendido pelo comércio (setor terciário).

Para o assessor econômico da Fecomércio, é possível que diante dos indicadores positivos, o último trimestre do ano acuse crescimento da atividade econômica, ou seja, comece a se recuperar dos resultados negativos desde o final de 2014 até o momento.

O ICF foi realizado nos últimos dias de julho e tem o objetivo compreender a dinâmica sobre o consumo dos cidadãos no que se refere aos bens duráveis e não duráveis e suas expectativas de aquisição de produtos nos próximos meses, servindo como uma boa aproximação da curva de demanda das famílias.

Fonte: Ascom Fecomércio

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