O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores em Alagoas decide, na próxima segunda-feira, 5, se rompe com o governo de Renan Filho. A posição, defendida pelo presidente do PT no Estado, depois do impeachment de Dilma Rousseff, não é unânime.
O deputado federal Paulão, como antecipei aqui, antecipou sua posição “pessoal”, pela saída do governo.
Nesta sexta-feira, 2, o presidente do Serveal, Judson Cabral, já avisou que fica no cargo, mesmo que o PT de Alagoas decida romper com o governo de Renan Filho. A razão é simples. O cargo que ele ocupa não está na cota do partido.
“Não houve nenhuma reunião de executiva para indicar meu nome. O PT indicou o Brito. A Serveal foi um convite pessoal do governador”, explicou.
O secretário do Trabalho, Joaquim Brito, que tem relações próximas com o senador Renan Calheiros, também quer ficar e tem trabalhado nos bastidores para isso.
Indicado pelo partido, ele dependerá, no entanto da posição da Executiva. Se prevalecer a posição de Paulão, Brito pode deixar o governo.
O governador também quer que o PT fique. Renan Filho disse, em entrevista na sexta-feira, que mantém boas relações com o PT em Alagoas. E espera continuar assim, independente da posição nacional do partido, que vai para a oposição ao governo de Michel Temer. O governador acredita que a situação em Alagoas é diferente e vê chances da manutenção da aliança do PMDB com o Partido dos Trabalhadores no Estado.
PCdoB fica
Se o PT deixa o governo de Renan Filho, não se sabe. Mas outro partido que atuou fortemente contra o impeachment, o PCdoB, já definiu que não existe a menor razão para rompimento com o governo de Renan Filho.
Os comunistas alagoanos, que estão à frente da Secretaria de Esportes, conseguem separar bem, pelo menos no atual momento, a política nacional da política local.
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EJ