Governo do Estado investe em programas para avaliar qualidade dos alimentos

Governo do Estado investe em programas para avaliar qualidade dos alimentos

A qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos alagoanos é fundamental para evitar problemas que possam comprometer a saúde. E, para assegurar que os produtos estejam dentro das normas específicas de segurança sanitária, o Laboratório Central de Alagoas (Lacen) possui programas destinados à fiscalização de itens utilizados na composição de leite, biscoitos, vegetais e outros.

Os técnicos do Lacen têm reforçado as ações de análise dos alimentos, com a implantação de alguns programas que estão em execução este ano. Entre eles, o Programa de Análise do Teor Nutricional (Paten), que colabora com as metas do Plano Nacional de Redução da Obesidade, doença que afeta milhares de brasileiros.

O assessor técnico do Lacen, Everaldo Queiroz Campos, informou que o Programa destina-se a comparar o teor de ácido fólico, ferro, sódio, gorduras saturadas, trans e açúcares nos alimentos, verificando se a quantidade indicada no rótulo está adequada com o que é determinado pelo Ministério da Saúde.

“Ao fazermos esta análise, verificamos se a quantidade que existe no rótulo está de acordo com o permitido. Esse procedimento é essencial e permite ao consumidor fazer suas escolhas, como também propicia o monitoramento dos pactos firmados com o setor produtivo”, frisou Queiroz.

Ainda em relação ao Paten, Everaldo Queiroz disse que tem uma ação voltada para a redução do sódio nos alimentos, com o intuito de minimizar os efeitos de doenças crônicas não transmissíveis, a exemplo da hipertensão arterial.

Leite industrializado

Consumido em larga escala pelos alagoanos, o leite industrializado não chega de qualquer jeito à mesa do consumidor. Articulados com as Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, o Lacen, por meio do Programa do Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade de Alimentos (CQUALI – Leite), monitora o produto pasteurizado, em UHT e em pó, em suas diversas classificações.

De acordo com o técnico do laboratório, essa análise visa combater os desvios de qualidade, incluindo irregularidades e fraudes, como acrescentar água ao produto.

Pães coloridos, doces de frutas e de vegetais, geleias de frutas, sucos, água de coco, cogumelo em conserva, linguiça, queijo, mistura de aditivos para panificação, amendoim e derivados e farinha também estão na relação dos produtos analisados pelo Lacen.

O assessor técnico explica que essa avaliação é realizada por meio do Programa de Monitoramento de Aditivos e Contaminantes (Promac), que verifica os níveis de contaminantes e aditivos presentes nesses alimentos, identificando se atendem ao padrão estabelecido na legislação e se estão de acordo com as boas práticas de fabricação.

Alimentação saudável

A correria do dia a dia levou a indústria a investir em alimentação mais rápida, que facilite a vida das donas de casa e das pessoas que moram sozinhas. Com muita aceitação no mercado, os vegetais minimamente processados, prontos para serem usados em saladas e outros pratos, são encontrados com facilidade nas prateleiras dos supermercados. Porém, o consumidor deve ficar atento à higiene do produto, para que não venha causar danos para a saúde.

Com esse crescimento e os programas destinados à alimentação saudável, o Lacen passou a fazer análises das amostras. Segundo Queiroz, por se tratar muitas vezes de um produto vendido in natura, sem passar por cozimento, é necessário verificar a procedência, como foi feita a manipulação e se está adequado para consumo. O laboratório possui um programa destinado a essa avaliação: o Programa de Monitoramento de Vegetais Minimamente Processados.

Os programas executados pelo Lacen também realizam avaliações sobre o sal, que está presente em todos os processos de alimentação, bem como o teor do iodo no produto. Essa ação destina-se a monitorar o teor do iodo do sal para consumo humano e o impacto da iodação do sal na saúde da população.

A deficiência desse mineral pode causar alguns distúrbios na saúde, como anomalias congênitas, hipertrofia da glândula tireoide, cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível).

Como a saúde da população é prioridade, nenhum alimento pode ser consumido sem que passe por exames microbiológicos. As diversas marcas de farinha de milho também não escapam das avaliações feitas pelo Lacen, segundo Everaldo Queiroz. No laboratório, todos os programas que estão sendo executados visam minimizar os riscos à saúde da população.


Agência Alagoas

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Redação

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