Empréstimo internacional para as usinas de Alagoas continua no campo das incertezas

Empréstimo internacional para as usinas de Alagoas continua no campo das incertezas

Tudo pode acontecer, inclusive nada. Depois de “fortes emoções” a operação de financiamento internacional para as usinas de Alagoas pode sair a qualquer momento – ou não sair.

Essa pela menos é a informação que circula entre diretores empresários do setor sucroenergético de Alagoas e diretores da Associação dos Plantadores de Cana do Estado.

Lastreada na cota americana de exportação de açúcar, a operação, já autorizada pelo FGE (Fundo Garantidor das Exportações), pode injetar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões no setor sucroenergético do Estado.

O que falta, agora, são pequenos detalhes, que vão das garantias às taxas de juros. As negociações que envolvem as usinas de Alagoas, o Credit Swiss Bank e algumas tradings estão avançadas. “O maior problema é a alta taxa de juros”, explica um conselheiro do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas.

Em função da taxa de juros, algumas empresas já teria desistido de captar os recursos: “as taxas estão acima do mercado nacional, o que torna a operação um grande risco para o futuro das empresas”, explica um empresário do setor.

Apesar de todas as dificuldades, os fornecedores de cana, que tem grande interesse na operação, não perderam as esperanças: “estamos esperançosos, até porque sem esse empréstimo algumas usinas não terão como moer nesta safra”, pondera Edgar Filho presidente da Asplana.

A operação segue, portanto, no campo das incertezas. Tem tudo para ser fechadas nos próximos dias – ou não.

EJ

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Redação

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