Começa a safra de cana 16/17 em Alagoas: expectativa é moer 20 milhões de ton

Começa a safra de cana 16/17 em Alagoas: expectativa é moer 20 milhões de ton

Uma moagem que promete ser de recuperação, apesar da crise financeira e do caixa pra lá de vazio na maioria das usinas do estado. É assim que deve ser a safra de cana-de-açúcar 16/17, iniciada nessa segunda-feira, 15.

Localizada em São Luiz do Quitunde, a usina Santo Antonio, mais uma vez, foi a primeira a começar a moagem.

Após ter atravessado uma das piores safras das últimas décadas, moendo pouco mais de 16 milhões de toneladas de cana no ciclo 15/16, o setor sucroenergético alagoano deposita as esperanças na moagem 16/17, apostando num beneficiamento superior a 20 milhões de toneladas de cana.

A safra poderá ser melhor ou pior, dependo das chuvas de verão – no inverno a precipitação ficou abaixo da média – e da liberação da operação de financiamento internacional, que está, pelo que se sabe, nas últimas tratativas.

Sem surpresas

“Tudo saiu como previsto. A Santo Antonio já está moendo. Agora, em 15 dias, será a vez da Camaragibe também começar a funcionar”,  aponta o superintendente Agrícola da usina. A previsão da indústria é beneficiar mais de 2,2 milhões de toneladas de cana neste ciclo.

Empregos

A esperança de uma safra de crescimento no ciclo 16/17, anunciada por usinas e fornecedores de cana, também é compartilhada pelos trabalhadores rurais. Mas, segundo o secretário de Assalariados da Fetag-AL, Cícero Domingos, o número de postos de trabalho no campo não deve acompanhar o mesmo ritmo, permanecendo na faixa dos 50 mil trabalhadores.

“A oferta de emprego deve ser a mesma da safra passada. A cana está no campo para ser colhida e ela só pode ser cortada pelo trabalhador”, afirmou Domingos.

De acordo com o dirigente sindical, apesar de haver uma expectativa de que ocorram mais contratações que o esperado, há usinas que estão tendo dificuldades para fazer os reparos da indústria para começar a moagem.

“Mesmo que algumas delas não entrem em funcionamento, elas vão acabar moendo em outra usina para fazer açúcar e vai precisar ter o trabalhador no campo para o corte da cana”, reforçou o secretário de Assalariados.

EJ

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Redação

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