Mais de R$ 200 milhões: depois de 20 anos, venda do Produban será decidida nesta terça

Mais de R$ 200 milhões: depois de 20 anos, venda do Produban será decidida nesta terça

Renan Filho embarcou para Brasília, nesta segunda-feira, com uma agenda que inclui, como sempre, vários compromissos. Audiência no Ministério da Integração, reunião no Tesouro Nacional…

O encontro mais importante do governador desta vez será com diretores da Caixa Econômica Federal. Em pauta, um problema que se arrasta há mais de 20 anos sem solução: a venda do espólio do Banco do Estado de Alagoas – Produban.

A Caixa vai apresentar ao governo do estado uma proposta para a compra direta do Produban. Se o governo aceitar a instituição financeira leva junto a gestão da folha e praticamente toda a movimentação financeira do Tesouro Estadual.

Se a proposta estiver dentro do esperado pelo governador Renan Filho e pelo secretário da Fazenda, George Santoro, a venda será fechada nesta terça-feira. Do contrário, o governo deve colocar o Produban à venda através de leilão na bolsa de valores.

Quanto vale

A FGV (consultoria independente no processo) entregou recentemente ao governo de Alagoas a “precificação”. O negócio que envolve a liquidação do Produban e a gestão financeira da folha de pagamento do Estado foi avaliado em R$ 552 milhões. O valor é de avaliação. No cenário atual, a venda pode ser feita com deságio que pode chegar até 50%.

Em outras palavras – ou números – o estado espera uma proposta entre R$ 200 e R$ 275 milhões.

Longo processo

Ao longo dos últimos meses, Renan Filho e o secretário da Fazenda, George Santoro, tiveram várias reuniões para tratar da venda do banco. Eles trabalham para encerrar um processo que já tem mais de 20 anos. Outras tentativas de venda do banco já foram realizadas em 2014, ainda na gestão de Téo Vilela, mas não apareceram compradores.

Para tornar o negócio mais atrativo o governo oferece ao comprador, a movimentação da arrecadação do Estado e da folha de pessoal – um negócio que vale mais de R$ 50 milhões .

O que torna o “passivo” do Produban atrativo é que o prejuízo financeiro e tributário do banco poderá ser utilizado pela instituição que comprar o antigo banco do estado, para reduzir o valor a pagar do imposto de renda.

É importante lembrar que dinheiro da venda não será líquido para o governo do estado. Parte vai para acionistas do antigo Produban.

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EJ

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Redação

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