Desde janeiro de 2015, quando Renan Filho assumiu o governo, a folha do funcionalismo estadual – ativos e inativos – aumentou cerca de 14%, segundo números revelados pelo secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira.
“Em julho a folha bruta passou dos R$ 270 milhões”, aponta o secretário.
Segundo Christian Teixeira, mesmo com o governo tendo dado um reajuste de 5% no ano passado, a folha cresceu 14% quase três vezes mais entre janeiro de 2015 e julho deste ano: “a implantação do piso dos professores, o aumento dos militares, as progressões e implantação de algumas vantagens em categorias como a Polícia Civil, além de questões judiciais estão dentro do chamado crescimento vegetativo que faz a folha crescer mesmo que o governo não dê nem um percentual de aumento geral”, aponta.
Nesse cenário e com a arrecadação do estado sob pressão da crise, o governo descarta qualquer reajuste para o funcionalismo enquanto as dúvidas da dívida persistirem: “A maioria dos Estados não deu nem vai dar reajustes este ano. Alguns estados não deram reajuste no ano passado e farão o mesmo em 2016. O esforço do governo é para atender os servidores, mas temos de agir com responsabilidade”, pondera.
Seja como for, Christian Teixeira decidiu receber representantes da CUT. A Central tem aumentado o tom da cobrança contra o governo em torno de uma proposta de reajuste do salarial.
O secretário adianta que o governo não tem como dizer sim enquanto não sair a renegociação da dívida com a União: “precisamos esperar um pouco mais, porque nesse momento, para ser sincero, o governo não tem como dar nada de reajuste. Depois da renegociação, isso pode mudar”, aponta.
—
EJ
Author Description
