A partir de estudos técnicos de variações climáticas, o meteorologista Luiz Carlos Molion prevê que os índices pluviométricos até 2017 deverão se manter abaixo da média histórica. “Mas, nos anos de 2018 e 2019 a situação deve melhorar sendo períodos bastante chuvosos”, declarou.
De acordo com o pesquisador, a previsão é feita com base na metodologia de similaridade, ou seja, a situação global atual é comparada com cenários semelhantes de períodos anteriores.
Na oportunidade, Molion lembrou ainda que o mundo acabou de passar por um “El niño”, fenômeno que provoca o aquecimento das águas do Pacífico. “Ele esteve presente em 2015 e 2016 e foi muito semelhante a registrado em 2007 e 2008. Com base nesta metodologia, se a natureza não mudar, construímos a previsão para os próximos anos”, afirmou.
Segundo Molion, diante de cenário com um índice pluviométrico abaixo da média até 2017, a preocupação se concentra na sobrevivência das lavouras no campo. “Por este motivo, a previsão tem a finalidade de ajudar no planejamento para que as pessoas possam atravessar este período”, declarou.
O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, ressaltou a importância da palestra feita pelo meteorologista, afirmando que as informações repassadas ajudarão o produtor rural a se preparar para os próximos anos.
“Conhecemos melhor como deve ser o comportamento do nosso clima com a previsão de poucas chuvas para o próximo semestre. As expectativas não foram tão otimistas. Mas, pelo menos, ele também nos deu a expectativa de chuvas acima da média a partir de 2018. Até lá, como sempre fazemos, vamos continuar trabalhando e superando as dificuldades”, afirmou o presidente da Faeal, lembrando que 99% dos produtores rurais e pecuaristas alagoanos dependem da chuva para sobreviver no campo.
O encontro, realiado no auditório da Faeal, foi uma iniciativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura do Estado de Alagoas em parceria com a Faeal e a Associação dos Criadores de Alagoas (ACA).
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