Cidades de Alagoas estão entre as piores do Brasil no índice Firjan de Gestão Fiscal

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2016/01/dinheiro22.jpgCidades de Alagoas estão entre as piores do Brasil no índice Firjan de Gestão Fiscal

Além dos elevados gastos obrigatórios com pagamento de pessoal, que em momentos de queda de receita se traduz em endividamento, há ainda a crônica dependência de transferências da União e dos estados. Em 2015, a retração econômica teve como consequência a redução dessas receitas. Ao mesmo tempo, o orçamento das prefeituras nunca esteve tão comprometido com despesas relacionadas ao funcionalismo. Como resultado, R$ 11,4 bilhões deixaram de ser investidos pelos municípios.

A nova edição do Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF), lançada na sexta-feira, 29, revela que os municípios brasileiros enfrentam a pior situação fiscal dos últimos 10 anos, com 87% em condição difícil ou crítica.

Segundo cálculos da Firjan, as prefeituras fecharam as contas em 2015 com um saldo negativo entre receitas e despesas, incluindo gastos com juros, de R$ 45,8 bilhões. A projeção é que esse rombo chegue a R$ 60 bilhões este ano.

Além dos elevados gastos obrigatórios com pagamento de pessoal, que em momentos de queda de receita se traduz em endividamento, há ainda, segundo a Firjan, “a crônica dependência de transferências da União e dos estados”.  O estudo mostra que em 2015 a retração econômica teve como consequência a redução dessas receitas. Ao mesmo tempo, o orçamento das prefeituras nunca esteve tão comprometido com despesas relacionadas ao funcionalismo. Como resultado, R$ 11,4 bilhões deixaram de ser investidos pelos municípios.

Os municípios com a pior gestão das contas públicas estão concentrados no Nordeste. Segundo o levantamento, da lista das 500 piores cidades no IFGF, com dados de 2015, pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), 384 (76,8%) estão no Nordeste. Destes, mais de 40 são de Alagoas.

Em Alagoas as cidades em melhor posição no IFGF Receita Própria são Boca da Mata, com nota 0,79, Maceió (0,73), Arapiraca (0,71), Barra de São Miguel (0,66), Marechal Deodoro (0,49) e Igaci (0,43). As demais cidades tem nota abaixo de 0,3, num índice onde o pior cenário é zero e o melhor é 1.

Quanto maior o índice, maior é a capacidade do município de pagar suas contas. Alagoas tem pelo menos 19 cidades com nota abaixo de 0,1. A pior situação é de Feliz Deserto (0,016), seguido de Taquarana (0,020), Traipu (0,024), Olho d’Água Grande (0,026) e Roteiro (0,026).

Para ver a posição das cidades nos demais índices (Gastos com Pessoal, Liquidez, Investimentos e Custo da Dívida), acesse a página da Firjan ou emhttp://www.firjan.com.br/ifgf/consulta-ao-indice/consulta-ao-indice-grafico.htm?UF=AL&IdCidade=270430&Indicador=6&Ano=2015

Veja aqui a lista dos 52 municípios de Alagoas pesquisados no índice Firjan de receita própria e gastos com pessoal (não há informações sobre as demais cidades).

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EJ

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Redação

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