As questões administrativas da Casal foram assunto no Difusora Manhã desta segunda-feira (1º). Para o entrevistado do Programa, diretor-presidente da Casal, Clécio Falcão, a Companhia de Saneamento tem condições de ser uma empresa superavitária e não precisa receber capital privado.
“O governador Renan Filho decidiu fazer um conhecimento antes de permitir qualquer liberação de capital privado. Junto a ele, percebemos que a Casal pode ser uma empresa viável. Se passasse uma borracha no passado das dívidas, a empresa seria viável. O problema é a dívida passiva. A empresa foi muito maltratada. Somente em 2014, foi um déficit de R$ 53 milhões”, afirmou o diretor-presidente.
De acordo com Clécio Falcão, a Companhia de Saneamento passa por um processo de recuperação. “Visamos fazer o trabalho mais com menos. Enxugamento de dívidas e contenção de gastos e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade. Conseguimos reduzir em mais de R$ 1 milhão a dívida mensal, após cortar despesas com empresas-meio. Isso equilibrou as contas. Estamos recuperando a empresa para poder fazer os investimentos. Para o próximo ano, investiremos R$ 25 milhões, com mais R$ 25 milhões do Governo do Estado em obras de melhoria”, destacou Falcão.
Em relação ao subsídio cruzado, que é a prática da população pagar a mesma tarifa para os serviços de abastecimento em todo o Estado, o diretor-presidente disse que essa forma de pagamento é fundamental para as cidades do interior.
“Temos municípios, principalmente os mais afastados da capital, como Ouro Branco, que gastamos quatro vezes o que recebemos. Chega a quase 300% de prejuízo. Se não houvesse o subsídio cruzado, uma conta de R$ 40,00 em Maceió chegaria a ser R$ 160,00 em cidades afastadas, e a população não teria como pagar. O fim do subsídio seria muito ruim para as pequenas cidades”, alegou Clécio Falcão.
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Agência Alagoas
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