Governo de AL pode perder bilhões de reais se privatização da Ceal for “antecipada”

Governo de AL pode perder bilhões de reais se privatização da Ceal for “antecipada”

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, avisou, como adiantei aqui (http://wp.me/p6TEFy-3tO) esta semana, a Eletrobras Distribuição Alagoas (antiga Ceal) será a próxima estatal na lista de privatização da Eletrobras.

O leilão deve ser realizado após a venda da Celg (goiás), prevista para agosto. Os funcionários da companhia em Alagoas, que são contra a privatização ganharam, ainda que provisoriamente, um aliado de peso: o governo de Alagoas.

O Estado não tem interesse em “adiantar”o processo de privatização. O secretário da Fazenda, George Santoro, explica porque: “se privatizar antes de Alagoas resolver a sua pendência com a Eletrobrás o estado pode ser prejudicado financeiramente. O ideal é que isso só aconteça depois que o Estado e a União chegarem a um entendimento sobre o valor que está sendo cobrado”.

A União, como se sabe, federalizou a Ceal, no início dos anos 2000, mas não pagou o valor devido pela operação. O valor pao à época representou menos de 30% da avaliação real da empresa.

O Estado de Alagoas cobra, após estudo realizado pela Fipe, um valor na casa dos bilhões. Embora a avaliação não tenha sido revelada, se estima que feita a atualização monetária a Ceal valeria mais de R$ 5 milhões. Seria o preço justo, considerando o valor da época.

A privatização mudaria todo o cálculo e o estado poderia virar de credor a devedor. Isso porque o contrato prevê que o Estado fique com a diferença da privatização – para mais ou para menos. Como a avaliação hoje é menor, o final dessa história pode ser desastroso para Alagoas.

Já o Sindicato dos Urbanitários de Alagoas pretende reforçar suas mobilizações para evitar a privatização da Ceal. Segundo seu presidente a venda da empresa deve resultar na demissão dos funcionários da estatal. “É uma prática de todas as empresas fazer a demissão do quadro especializado e treinado para contratar outros trabalhadores com uma mão de obra mais barata”, disse Nestor Silva a um site local.


EJ

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Redação

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