A contagem do impeachment está, no momento, favorável a oposição. A razão é simples. É mais fácil “jogar” para a plateia, no momento em que a maioria da população, segundo as pesquisas, é a favor da cassação da presidente Dilma Rousseff.
O número de indecisos no momento é maior do que se poderia esperar. Mais de 120 deputados estariam em cima do muro, segundo levantamento dos veículos de imprensa e de assessores do governo.
Na bancada federal de Alagoas, a situação não é diferente. O segundo vice-presidente da comissão do Impeachment, Maurício Quintella, líder do PR na Câmara Federal, aparece nas “contagens oficiais” a favor de Dilma. Nas redes sociais, no entanto, ele avisa que anda não se decidiu.
Na lista que vem sendo elaborada por assessores políticos do Palácio do Planalto, dos nove deputados federais de Alagoas, quatro vão votar a favor do impeachment se o processo for a plenário: JHC, Pedro Vilela, Arthur Lira (pela estreita relação com o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha) e Cícero Almeida.
A favor do governo e contra o impeachment aparecem apenas dois deputados: Paulão e Carimbão.
Os outros três deputados – Ronaldo Lessa, Marx Beltrão e Maurício Quintella – são listados como indecisos. Estranhamente, esses três tem relação direta com o governo federal, seja na liberação de recursos ou na indicação de cargos.
Incômodo
Presidente do Senado e do PMDB de Alagoas, Renan Calheiros, tem se posicionado claramente contra o impeachment – ao menos do jeito que está.
Ele sairá enfraquecido se os dois deputados federais de Alagoas do seu partido (Cícero Almeida e Marx Beltrão) adotarem posição diferente.
EJ
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