Empresários reiteram compromisso para pagamento de fornecedores de cana

Empresários reiteram compromisso para pagamento de fornecedores de cana

Diante de fornecedores de cana e do governador Renan Filho, industriais do setor sucroenergético reiteraram publicamente o compromisso de que os recursos dos empréstimos que serão contraídos pelas usinas, por meio do aval dado pelo governo federal, serão usados prioritariamente para o pagamento das pendências com plantadores de cana e trabalhadores.

“O crédito está liberado no banco e as usinas deverão estar habilitadas no prazo estimado de 90 dias para que possam receber os recursos que serão usados para pagar fornecedores. Muitos produtores rurais estão há duas safras sem receber pela cana vendida as usinas, passando por dificuldades”, afirmou o presidente da Asplana, Edgar Filho, lembrando que o setor responde por 20% do PIB de Alagoas.

Segundo Edgar Filho, mais de 90% dos fornecedores de cana alagoanos são pequenos produtores rurais, moendo por safra, em média, mil toneladas de cana. De acordo ele, os débitos das unidades agroindustriais canavieiras junto aos fornecedores chegam a quase R$ 250 milhões.

Na solenidade, que foi realizada no Palácio República dos Palmares, o governador Renan Filho destacou a importância da cultura da cana para Alagoas. “Com estes recursos será zerado o que ficou pendente e começar um novo ciclo. As empresas irão tomar estes empréstimos a preço de mercado e pagá-los. Industriais, fornecedores e trabalhadores, a partir de agora, vamos criar condições para um novo momento”, declarou o governador.

A Medida Provisória (MP) 701 que viabiliza o empréstimo internacional de US$ 500 milhões para o setor sucroenergético do Nordeste foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na primeira semana deste mês, dando início, após a publicação de um decreto governamental, aos tramites operacionais para a aquisição dos recursos por parte das usinas.

Cenário

De acordo com o líder dos mais de 7.500 fornecedores de cana de Alagoas, além da liberação para a aquisição do empréstimo, as usinas começam a vivenciar um cenário mais esperançoso com a melhora do preço do açúcar.
“A seca na Índia e a safra mais alcooleira no Centro/Sul do Brasil enxugou o excesso de açúcar no mercado e fez o preço pular de R$ 40 para R$ 80. Ou seja, não há desculpas para não quitar os débitos existentes”, reforçou.

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