Em 2015 o funcionalismo do estado de Alagoas tiveram direito a um reajuste de 5% parcelado, percentual que ficou abaixo do IPCA de 2014 (6,41%) e das expectativas da categoria. Os líderes do Movimento Unificado dos Servidores protestaram, ameaçaram greve, mas no final prevaleceu a proposta do governo.
Em 2016, o “embate” entre os sindicalistas e o governo promete ser maior. Isso porque, a depender da situação econômica do país, os servidores podem ficar com um reajuste menor ou até sem reajuste, num cenário ainda pior, em que o IPCA, referência para reposição salarial, deve passar dos 12%.
A essa altura, com o Orçamento do Estado prestes a ser aprovada na Assembleia Legislativa de Alagoas, nem o secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, nem o da Fazenda, sabem dizer, qual será o percentual ou mesmo se o estado vai dar reajuste aos servidores públicos em 2016.
O problema, aponta Christian Teixeira, é a economia nacional. “Para dezembro a gente esperava uma queda real no FPE de 20% e a redução vai chegar a 25%. Nesse cenário fica difícil fazer qualquer previsão”, aponta.
O corte de gastos e o controle de despesas foi o que permitiu o governo chegar ao final de 2015 com as contas em dia e com a antecipação do pagamento do 13º para os servidores, liberado ontem: “vários estados já avisaram que não tem como pagar o 13º este ano. Se Alagoas tivesse descontrolado as despesas, certamente estaria numa igual ou pior”, avalia Teixeira.
George Santoro confirma a expectativa nada otimista: “estamos trabalhando com um expectativa muito ruim, com tendência de queda na arrecadação federal e, consequentemente dos repasses do FPE. Vamos ter que trabalhar com pés no chão, cuidando para não perder o controle das contas públicas”, aponta.
O reajuste dos servidores, aponta Santoro, é uma preocupação do governo , mas deve ficar dentro das possibilidades econômicas do estado: “vamos trabalhar para aumentar a arrecadação própria e torcer para a economia nacional melhorar”, adianta.
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EJ
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