A safra 15/16 começou em Alagoas com mais de sete usinas operando no Estado. Mas, as expectativas para o setor canavieiro para o novo ciclo não são das melhores. Segundo a Asplana, Alagoas deve amargar uma quebra de safra de, no mínimo, 20%.
De acordo com Antonio Rosário, diretor Técnico da entidade de classe que representam mais de 7.500 fornecedores de cana, se não chover nos próximos meses, a redução poderá ser ainda maior. Segundo ele, no caso dos fornecedores, a quebra de safra deverá ser mais severa.
“A previsão não é favorável. A redução deve ser grande. Se a situação é difícil para as usinas, imagine para o fornecedor que, por falta de dinheiro, não teve condições de fazer os tratos culturais necessários e muito menos renovar a área de plantio. No nosso caso, a redução pode ser bem superior aos 20%”, anunciou Antonio Rosário.
Segundo ele, o término tardio da safra 14/15 também é um dos fatores que deverá contribuir com a previsão de redução da quantidade de cana esmagada.
“O ciclo passado terminou muito tarde e a cana cortada no fim da safra não vai crescer, está pequena, além de não ter recebido os tratos culturais devidos. Ao invés de ser colhida após 12 meses, vai ser cortada com menos de dez. Mesmo com chuva, a safra não terá condições de se recuperar plenamente. Com uma cana menor, mais rápido é o corte, menor é a produtividade e mais curto também será o tempo da safra”, declarou Rosário.
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