Pra começo de conversa, não existe consenso. Mas em resumo, se um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff for votado “agora”, a bancada federal de Alagoas rejeita, por maioria.
Mas as posições dos parlamentares alagoanos não parecem ser muito sólidas. Tudo vai depender do “que” for votado.
O deputado federal Marx Beltrão (PMDB) resume com duas palavras o que acontece hoje na Câmara Federal: jogo político. “Eu digo que não vou votar num pedido de impeachment, a não ser que apareçam provas contundentes de envolvimento da presidente em algum caso de corrupção , como a Lava Jato. Não existe nada disso, o que vejo é jogo político”.
Aliado da presidente, Givaldo Carimbão (PROS) acredita que o destino do mandato de Dilma Roussef será decidido nos próximos 15 dias. Hoje, avalia, não existem razões para um eventual impeachment: “o governo está tentando reagir. Se conseguir, o processo morre no Congresso Nacional”.
Coordenador da bancada federal de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT) não vê espaço para o impeachment: “vão colocar o que no lugar da Dilma? Quem assumir vai ter que cuidar da crise, vai ter que tomar as medidas que ela já está tomando. Não acredito que esse seja o caminho, até porque poderia trazer riscos para a estabilidade democrática e arranharia a imagem do Brasil no mundo”, pontua.
Líder do PR na Câmara Federal, Maurício Quintella, não fez campanha para Dilma em 2014 e se sente a vontade para se posicionar sobre o tema: “creio que o impeachment hoje não é o melhor caminho para o país. Uma decisão como essa seria muito grave, com consequências imprevisíveis. Apesar disso, o que vivemos hoje é uma constante contagem de votos. O governo e oposição ficam medindo forças para votar ou evitar a votação do impeachment. Uma vez que a matéria é discutida em plenário, ninguém sabe que rumo vai tomar”, aponta.
E os demais federais de Alagoas, o que dizem? Não conversei com eles, mas suas posições são conhecidas. JHC (SDD) e Pedro Vilela (PSDB) fazem oposição e tendem a votar pelo impeachment. Paulão (PT) é o mais governistas entre todos e votaria contra em qualquer possibilidade. Arthur Lira (PP) e Cícero Almeida acompanham o governo na maioria das votações, mas dependendo das circustâncias….
EJ