RF defende crédito para ‘salvar’ usinas e empregos do setor em AL

RF defende crédito para ‘salvar’ usinas e empregos do setor em AL

Com problemas de mercado, em função da baixa demanda e preços em queda, e sem acesso  a crédito nacional e internacional, o setor sucroalcooleiro do país, especialmente de Alagoas, vive a maior crise de sua história. Mais de 80 usinas fecharam as portas nos últimos cinco anos no Brasil. Em Alagoas 4 já foram desativadas e outras tantas estão na “fila”.

Em meio a esse cenário, Banco nenhum, nem mesmo os oficias arriscam emprestar dinheiro para as usinas no momento. E sem conseguir crédito novo, muitas usinas, incluindo as alagoanas, não terão como entrar em moagem.

Mas pelo menos no caso das usinas do Nordeste está pintando uma solução, que pode ajudar a amenizar a crise e evitar novas demissões no setor em Alagoas.

Junto com representantes do setor sucroalcooleiro, o governador Renan Filho está construindo uma saída. A ‘brecha’ foi encontrada na cota americana de açúcar: “A solução que encontramos junto com o setor sucroalcooleiro e as instituições financeiras é dar acesso a crédito utilizando as cotas preferenciais de exportação para os EUA”, explica.

O governador participou do encontro, nessa sexta-feira passada, 21, em Recife, com a presidente: “Isso não impacta no superávit primário, mas precisaria de um seguro garantia do governo federal. A presidente ficou animada, disse que iria ajudar, que iria fazer gestões no sentido de criar condições para o setor enfrentar com mais tranquilidade essa crise”, aponta.

O aval de Levy

Na próxima quarta-feira Renan Filho tem reunião com o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, para tratar da operação de crédito, que deve ser alavancada por um importante banco suíço. Outra boa notícia, adianta, foi dada em relação a subvenção: “a presidente pediu que a ministra Kátia Abreu (Agricultura) encontre uma solução para o pagamento aos produtores nos próximos dias”.

Sem detalhes

A operação de crédito para as usinas vem sendo trabalhada pelo Sindaçúcar-AL e pode assegurar recursos suficientes para as usinas ‘tocarem’ ao menos a moagem da safra 15/16. Nem o governador, nem o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, revelam valores ou nome de bancos. Mas o que se sabe é que a operação passa com folga da casa dos três dígitos.

A cota preferencial americana é definida ano a ano e é fixada entre 160 mil e 200 mil toneladas ano. Das vendas autorizadas, Alagoas tem direito a 46,41% das exportações; Pernambuco, 38,41%; Paraíba e Rio Grande do Norte, 4,06%; Bahia, 3,69%; Sergipe, 1,69%; Piauí, 0,7%; Amazonas, 0,39%; Maranhão, 0,32% e Pará, 0,27%. Os EUA pagam uma taxa de até 100% o valor de mercado e a operação seria feita com garantia dos próximos 5 anos.

Empregos

A cada usina que fecha Alagoas perde pelo menos dois mil empregos diretos, no campo e na indústria. O fechamento das usinas também afeta a economia dos municípios.

EJ

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Redação

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