Pior semestre desde 2003 reduz projeção para varejo

Pior semestre desde 2003 reduz projeção para varejo

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada no dia 12 pelo IBGE, o volume de vendas do comércio varejista apresentou, em junho, recuo de 2,7% em relação a junho de 2014. As maiores quedas ocorreram nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-13,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-5,9%). Por outro lado, as vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentaram o melhor desempenho ante os demais setores (+7,9%), segurando uma oscilação mais expressiva do indicador. No acumulado do ano (-2,2%), o varejo brasileiro amargou, no conceito restrito, o seu pior primeiro semestre desde 2003 (-5,6%), com destaque, novamente, para as quedas verificadas nos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-11,3%) e livrarias a papelarias (-8,3%).

Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) as taxas de inflação e de juros elevadas, bem como a confiança em baixa, vêm minando a capacidade de reação do setor, especialmente nos segmentos mais dependentes das condições de crédito ao consumidor. A baixa probabilidade de reversão desse cenário no médio prazo levou a entidade a revisar para baixo sua expectativa em relação à variação do volume de vendas do varejo restrito em 2015, de -1,9% para -2,4%. A perspectiva de fortes retrações nos ramos de materiais de construção (-5,4%) e principalmente no comércio automotivo (-19,1%) levará, inevitavelmente, o varejo ampliado ao seu pior resultado anual (-6,5%) ao final de 2015.

Estados

Das 27 unidades da federação, 22 apresentaram resultados negativos na comparação com junho de 2014. Os destaques em termos de variações negativas do volume de vendas foram Amapá (-10,2%); Paraíba (-9,0%); Alagoas (-8,0%); Goiás (-7,7%); e Amazonas (-7,6%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (-2,8%) e Rio de Janeiro (-3,6%).

Em relação ao comércio varejista ampliado, 21 das 27 Unidades da Federação apresentaram taxas de desempenho negativas. As maiores quedas no volume de vendas ocorreram em Paraíba (-13,3%), Amapá (-11,1%), Rondônia (-9,8%); Alagoas (-9,4%) e Tocantins (-9,2%). Em termos de impacto no resultado, os destaques foram Minas Gerais (-8,6%); São Paulo (-1,5%); Rio Grande do Sul (-6,10%) e Rio de Janeiro (-2,9%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam 14 estados com variações negativas, na comparação mês/mês anterior, com destaque para: Alagoas (-4,4%); Amapá (-3,7%) e Roraima (-2,7%).

Fonte: CNC e IBGE

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Redação

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