A Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou 2.450 casos de dengue em Maceió no período de janeiro até o final de junho de 2015. O número representa 491 registros a menos que no mesmo período de 2014, quando foram notificados 3.041 casos da doença. Apesar da redução, no entanto, o número é considerado elevado. Por isso, a DSV alerta a população a manter os cuidados para prevenir a incidência do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença e de outras infecções virais, como a febre chikungnya e o zyka vírus.
O 2º Distrito Sanitário da Capital – região que abrange os bairros do Trapiche, Ponta Grossa e Vergel – é o que aparece com o maior número de notificações, 501 casos, que representa 20,71% em relação ao total do município. Na sequência, vêm o 7º e o 5º distritos, regiões do Tabuleiro do Martins e Jacintinho e Feitosa, respectivamente.
A análise por distrito sanitário demonstra que o 2º, o 7º e o 5º têm as maiores incidências, sendo os índices de 42,57 casos/100mil habitantes, 34,91 mil casos/100mil hab. E 31,93 mil casos/100mil hab., respectivamente.
Foram confirmados 26 casos de dengue com sinal de alarme (formas graves da doença), os quais ocorreram nos bairros Jatiúca e Poço (1º distrito), Vergel, Levada, Ponta Grossa e Trapiche (2º distrito), Jacintinho (5º distrito), Antares e Benedito Bentes (6º distrito), Clima Bom, Tabuleiro e Cidade Universitária (7º distrito) e Ipioca (8º distrito), além de três casos na Ponta Verde (1º distrito) e no Pinheiro (3º distrito). Em 2014, no mesmo período, foram confirmados 87 casos de dengue com sinais de alarme – dois casos de dengue grave e um óbito.
Chikungunya
No ano passado, foram notificados 12 casos autóctones suspeitos de febre chikungunya. Desses, 11 foram descartados e apenas um está em investigação e cinco tiveram resultado reagente para dengue. Este ano foram notificados 22 casos que estão em investigação. Não houve registro de casos importados.
Zika
O Boletim fechado na 27ª semana epidemiológica aponta que até o momento, não houve confirmação de nenhum caso de zika vírus em Maceió. A equipe trabalha na implantação da vigilância específica para zika, em parceira com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-AL) e a Secretaria de Vigilância Santária (SVS) do Ministério da Saúde.
Foram notificados 517 casos suspeito da zika, sendo relevantes os 1º, 2º e 7º distritos sanitários. As unidades notificadoras foram: Pediatria 24hrs, Ambulatório Noélia Lessa, Santa Casa de Maceió, Unidade de Saúde João Paulo II, Unidade de Saúde São Francisco de Paula, Mini Pronto Socorro Assis Chateaubriand, Unidade de Saúde José Araújo, Estratégia Saúde da Família Pitanguinha, Estratégia Saúde da Família Hélvio Auto, Estratégia Saúde da Família Tarcísio Palmeira e AMI. Dessas, duas amostras foram encaminhadas ao Lacen para monitoramento sentinela do zika.
As atividades desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho (GT) Dengue e Chikungunya, no mesmo período de janeiro a junho desse ano, foram:
– Participação nas reuniões semanais para discussão dos casos de dengue e no Comitê Municipal e Estadual de Combate aos Aedes aegypti;
– Campanha de mobilização e informação com realização do Dia D+1, em 7 de fevereiro, no bairro do Graciliano Ramos;
– Treinamento dos agentes de endemias e técnicos da coordenação de vigilância epidemiológica;
– Elaboração do plano de contigência de dengue e chikungunya;
– Divulgação das normas de rotina do GT para todos os técnicos da Coordenação de Vigilância Epidemiológica;
– Participação na macrorregional Norte e Nordeste;
– Mutirão de limpeza e identificação de caso no bairro Rio Novo;
– Inspeção e treinamento no Pronto Atendimento João Paulo II e Hospital Unimed;
– Participação no Curso Básico de Vigilância Epidemiológica da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SMS;
– Participação em reunião da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) para a implantação da Vigilância Sentinela do zikV.
Ascom SMS
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