As negociações salariais entre servidores e governo continuam no mesmo ponto em que estavam há um mês. Representantes do governo mantém a proposta apresentada no final de junho: um lado propõe o reajuste de 5% em três parcelas, ou outro exige os 6,41% do IPCA, uma “conquista” do funcionalismo.
O impasse continua, mesmo após a reunião de intermediação realizada na semana passada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Washington Luiz. Mas não deve continuar assim por muito tempo.
A presidente da CUT/AL espera que o TJ/AL marque até o final desta semana nova reunião para intermediar a negociação salarial entre servidores e o governo do Estado. Mais do que isso, Rilda Alves quer mesmo é que o estado apresente uma nova proposta: “pelo jeito o que o governador quer é que o servidor radicalize…”, cutuca.
Rilda adianta que os servidores vão esperar a nova rodada de negociação com a intermediação do TJ/AL. Depois disso, ela acredita que não restará aos servidores outra alternativa, senão aumentar o “tom” em relação ao governo: “não tem outro jeito”, resume.
A presidente da CUT/AL acredita que o governo tem margem financeira para atender a reivindicação dos servidores: “já provamos várias vezes isso. A receita do estado cresceu acima da inflação. O governo não dá um reajuste maior porque não quer”, enfatiza.
Não é o que diz George Santoro, da Fazenda. Nem Christian Teixeira, do Planejamento e Gestão. O problema não é o “hoje”, mas o que vem pela frente. O governo teme o agravamento da situação financeira do país e do estado, a ponto d em poder pagar mais os salários em dia: “já vimos esse filme em Alagoas e ninguém quer reprise”, pondera Teixeira.
EJ