Para ‘atender’ servidor, governo deixa comissionado sem reajuste

Para ‘atender’ servidor, governo deixa comissionado sem reajuste

Em meio às negociações salariais com o Movimento Unificado dos Servidores, o governo de Alagoas decidiu cortar ainda mais na “própria carne”.

Depois de reduzir o número de Secretarias e cortar em 30% o número de cargos de comissão, o governo decidiu sacrificar ainda mais as funções comissionadas, que em muitas casos, são as principais responsáveis pelo funcionamento dos órgãos públicos

Enquanto a maioria dos servidores efetivos terá no mínimo 4% de reajuste (no caso dos professores o reajuste  proposto é de 5%), os comissionados ficarão  sem direito a nenhum reajuste este ano.

O secretário de Planejamento e Gestão explica a decisão: “foi a única solução que encontramos para dar um percentual  um pouco maior para o servidor público. Do contrário não chegaríamos nem aos 4%”, pondera Christian Teixeira.

O secretário apresentou a proposta dos 4%, dividido em três parcelas, na reunião realizada na quarta-feira,10, aos servidores.

“O que apresentamos foi o máximo. Estamos esperando que os servidores apresentem uma contraproposta e a partir daí avançar nas negociações”, aponta.

Teixeira descarta, no momento, a possibilidade de dar os 6,4% do IPCA de uma só vez, como defendem os sindicatos que representam os servidores: “alguns estados não deram nada de reajuste,  como São Paulo. No Paraná o reajuste foi de apenas 3,4% e no Rio Grande do Sul, os salários estão atrasados. Em meio a essa crise, o governador Renan Filho está fazendo um grande esforço porque reconhece a importância do servidor”, pondera.

Em nova rodada de negociação com os servidores, hoje, o governo espera chegar a um entendimento que evite a greve.

Teixeira é puro otimismo: “O servidor sabe das dificuldades que enfrentamos e esperamos ouvir uma contraproposta que o Estado possa honrar”, aponta.

EJ

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Redação

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