Servidor fica sem reajustes: “prioridade” do governo de AL é pagar salários

Servidor fica sem reajustes: “prioridade” do governo de AL é pagar salários

“Exemplos” de Estados como o Rio Grande do Sul, que além de atrasar e parcelar salários estão atrasando até pagamento da dívida com a União, estão servindo de “combustível” para uma posição mais conservadora do Palácio dos Palmares na concessão do reajuste anual para os servidores públicos estaduais.

Depois de fazer projeções de receita e despesa, o governo decidiu que não vai dar reajuste aos servidores. O governo ainda não emitiu nenhum comunicado sobre a questão. Mas os secretários da Fazenda (George Santoro), Planejamento e Gestão (Christian Teixeira) e Gabinete Civil (Fábio Farias), tem explicado aos servidores que não existe disponibilidade financeira. Eles também lembram que  o Estado está impedido de reajustar os salários por conta da LRF.

“Se der reajuste corremos o risco de atrasar os salários. É preciso avaliar bem a situação”, pondera Teixeira. A “prioridade”, avisa Fábio Farias, é pagar os salários em dia. “Se der reajuste e não pagar será pior”, explica. Quanto a Santoro, ele continua “de calculadora na mão” tentando encontrar uma solução que poderá vir, avisa, no segundo semestre.

Nesse cenário, o governador parece determinado a enfrentar a “pressão” dos servidores que começam a cobrar, com greves, melhorias salariais. Ele já avisou aos secretários que não vai aumentar despesas com pessoal enquanto o “caixa” não melhorar. A prioridade, repete sempre, é garantir o pagamento dos salários em dia.

A equipe do “novo governo” se depara com “a dura realidade crise econômica” do país que afeta diretamente o caixa estadual. As medidas de endurecimento da arrecadação adotadas até agora tem conseguido um bom desempenho do ICMS, mas em contrapartida o FPE, principal receita disponível para o governo, dá sinais de queda. “Não tem dinheiro para reajustar salários agora”, resume um secretário do governo.

Novo estilo

Resta saber como o governo vai lidar com as greves e paralisações, que vão se multiplicar a partir da próxima semana.

Assessores de Renan Filho estão sendo orientados a manter o diálogo com os servidores que entrarem em greve. Mas também são orientados a pedir a decretação de ilegalidade das greves e até descontar o ponto dos grevistas. O comportamento será diferente da “era Vilela”, promete um assessor do governador.

Agora é esperar para ver quem “ganha” essa queda de braço.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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