De uma só ‘tacada’ o governo do estado enfrenta a pressão de diferentes categorias de servidores públicos em busca do reajuste. A maioria luta pela reposição anual do IPCA, que não deve sair este mês, em razão da crise econômica nacional e da LRF.
Esse não é ocaso dos policiais civis. Ou pelo menos não é “apenas esta” questão que está em jogo. A categoria luta para que o governo cumpra acordo firmado em 2014, que previa a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) a partir de janeiro deste ano.
O governo até que vem implantando o PCCS, mas numa velocidade muito baixa. O secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, confirma que tem autorizado cerca de 40 processos por mês e a prioridade é para os policiais com maior tempo de serviço.
Nesse ritmo, o governo vai levar mais de três anos para implantar o PCCS de cerca de 1,3 mil policiais da ativa e outros 500 aposentados.
A “demora” virou combustível para aquecer os ânimos dos policiais civis que estão com indicativo de greve e assembleia geral convocada para a próxima sexta-feira.
A categoria, pelo que se sabe, até aceita negociar outros itens, mas sem a implantação mais rápida do PCCS, “que é lei”, como explica um diretor do sindicato, não existe possibilidade de acordo.
O que é
O PCCS prevê dois tipos de progressão salarial: por formação (cursos de capacitação profissional e cursos graduação) e por tempo de serviço. A progressão é de 5% em cada nível no primeiro caso (A 1, A2, A3 e A 4) e de 15% na mudança de classe (de A para B, C ou D). A mudança de classe depende de tempo de serviço. A primeira ocorre com 15 anos.
Assembleia e greve
Veja texto que está na página do Sindipol
Sindpol realizará assembleia geral com indicativo de greve nesta sexta
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizará uma assembleia geral com indicativo de greve nesta sexta-feira (22), às 14 horas, no Sindicato dos Urbanitários, para a categoria definir as atividades de mobilização.
Os policiais civis estão reivindicando o pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA mais ganho real, o piso salarial de 60% da remuneração dos delegados de polícia, o fim do número de cotas para progressão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), o pagamento retroativo das progressões, o enquadramento dos aposentados e o pagamento de risco de vida (periculosidade e insalubridade), entre outros itens da pauta de reivindicações.
A categoria cobra o fim da cota mensal de 40 processos de progressões do PCCS e o pagamento retroativo do direito, bem como o enquadramento dos policiais civis aposentados nas classes e níveis do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios.
Veja a pauta completa de reivindicações
Neste link é possível ver a pauta completa de reivindicações dos policiais civis apresentada ao governo