Renan Filho anuncia força tarefa pela municipalização do transporte escolar

Renan Filho anuncia força tarefa pela municipalização do transporte escolar

Renan Filho cancelou a entrevista coletiva e adiou a sanção da Lei do Passe Livre, marcadas para a sexta-feira, 6, mas nem de longe tirou de sua agenda a problemática do transporte escolar.

O governador vai ajudar a ‘descascar o abacaxi’. E já definiu que, além de ouvir opiniões pró e contra o passe livre, vai comandar uma ‘força tarefa’ pela municipalização.

“O que posso te antecipar é que esta semana vai ser feita uma força tarefa concentrada pela municipalização, que é o objetivo principal do governo. Também vou ouvir os segmentos com relação ao passe livre”, adianta Renan Filho.

A ideia é acelerar medidas burocráticas necessárias ao processo, como criação de conta bancária específica, assinaturas de convênios etc. O secretário da Educação, vice-governador Luciano Barbosa, deve conversar pessoalmente com os prefeitos. O governador também vai participar do esforço.

Prioridade

O que reduz custos – anote aí – é a municipalização. O passe livre vai aumentar despesas. O governador e toda a sua equipe sabe disso. Diante da “gritaria”, é possível, portanto, que o governo mantenha o modelo atual na capital.

No interior a municipalização vai baratear os gastos do estado com o transporte escolar. E porque o atual modelo do transporte escolar chamou tanto a atenção do atual governo?

“As despesas com transporte escolar dobraram, sem que houvesse melhora na qualidade ou crescimento no número de alunos. Em 2010 eram R$ 30 milhões. Agora iriam para R$ 60 milhões. Além disso, o  estado contrata a mesma empresa há 20 anos. Tem algo errado”, aponta um importante assessor do governo.

Pisando em ovos

O que muda, a partir de agora nesse imbróglio é o ‘estilo’. Luciano Barbosa que não tem dados sinais de afeição pelo diálogo ou comunicação, deve procurar conversar mais, ser mais ‘tolerante’. Ao mesmo tempo, outros personagens vão ajudar a aproximar ‘lados opostos’.

O aumento da temperatura dos últimos dias e o acirramento entre governo e o ‘outro lado’ (o Instituto Apoio, motoristas, monitores e empresários de ônibus, além de alguns estudantes) devem servir ao menos para acelerar a municipalização.

A boa notícia para quem quer manter o atual modelo do transporte escolar é que o governo está, de fato, disposto a manter o atual contrato em alguns casos específicos no interior (o transporte de estudantes entre cidades diferentes) e na capital – pelo menos pelos próximos seis meses. EJ

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Redação

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