Entre a cruz e a espada, governo de AL tenta ‘diluir’ aumento da PM

Entre a cruz e a espada, governo de AL tenta ‘diluir’ aumento da PM

O secretário de Planejamento e Gestão tem nova rodada de negociação nesta quinta-feira, 12, pela manhã, com líderes de militares da PM e CB de Alagoas e outros gestores públicos.

Christian Teixeira é o coordenador da Comissão Estadual Permanente de Negociação e busca encontrar uma alternativa para evitar a “operação padrão” na PM.

Representantes dos policiais e bombeiros resolveram adiar o início da Operação Padrão, que seria realizada no carnaval. A decisão foi tomada depois que o governo sinalizou com a possibilidade do pagamento da primeira parcela do reajuste dos militares até dia 13 de fevereiro.

De acordo com lei aprovada na Assembleia Legislativa no ano passado, o militares teriam direito a dois reajustes este ano, uma parcela de 6% em janeiro e outra de 16% em abril, desde que o aumento fosse permitido pela Lei de Responsabilidade  Fiscal.

É aí, na LRF, justamente que mora o problema. O governo nem tem dinheiro em caixa e está obrigado a cumprir os limites  da LRF por conta de decisão judicial (veja texto aquihttp://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=258128).

Outra dificuldade é a falta de dinheiro. “O primeiro problema a resolver é a questão financeira. Se conseguirmos os recursos – e estamos trabalhando muito para isso – teremos de vencer o segundo obstáculo, que é mudar a decisão judicial. Hoje o estado está impedido legalmente de aumentar qualquer tipo de despesas com pessoal . Por isso que estamos, inclusive reduzindo tanto as nomeações dos comissionados”, explica Christian.

Na nova reunião da mesa de negociação, nesta quinta-feira, Christian diz que espera aprovar uma proposta que contemple os militares e que seja viável: “não vamos mentir para ninguém. Meu desejo é levar para o governador, que tem todo o interesse em uma solução que atenda os militares, uma proposta viável para os dois lados”, adianta.

E como seria essa proposta? Teixeira não adianta nada. Mas pelo que apurei nos “bastidores”, o Estado trabalha com a possibilidade de dar os 6% de reajuste imediatamente e os outros 16% seriam “diluídos” ao longo de 2015 até 2016.

A proposta de “empurrar” para mais a frente o reajuste agrada a vários secretários do governo e a assessores próximos de Renan Filho. Só falta saber como ela será recebida pelos militares. EJ

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Redação

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